Sidrolandia
Cansado de esperar, empresário suspende transporte universitário por falta de pagamento
Moacyr Almeida diz que só vai voltar a transportar os alunos após a Prefeitura pagar os atrasados.
Marcos Tomé/Região News
22 de Abril de 2014 - 13:18
O empresário Moacyr Almeida, dono da Vacaria Turismo, suspendeu o transporte de acadêmicos na manhã de hoje por falta de pagamento. Sem receber há cerca de 90 dias, o crédito que a empresa têm junto a Prefeitura, se contabilizados o fretamento dos carros no mês de abril (entorno de R$ 178 mil) já ultrapassa a casa dos R$ 500 mil.
Nossa reportagem esteve com o empresário e ouviu dele; só vai voltar a transportar os alunos após a Prefeitura pagar os atrasados. Segundo Moacyr, teve de tomar a decisão pela paralização porque a empresa não tem condições financeiras de bancar o serviço sem os recebimentos. Estou ha meses puxando os universitários. Até aqui tenho me esforçado para ajudar os acadêmicos, a Prefeitura e obviamente a sociedade, comenta.
Só no mês de fevereiro a Vacaria Transporte tem um saldo de R$ 188.235,00 para receber do Poder Executivo. Outros R$ 169.000,00 referem-se ao mês de março, já o mês de abril, deve fechar com saldo de R$ 178 mil. Diariamente são colocados para executar o serviço cerca de 9 ônibus que saem da Praça Porfirio de Brito em direção as universidades de Campo Grande e Maracaju.
Prometeram-me que na quinta-feira passada, dia 17, fariam o pagamento de fevereiro. Programei-me com alguns fornecedores, pra minha surpresa, não caiu na conta nenhum centavo, esbraveja o empresário que complementa - oras, estão brincando comigo, só pode. Minha empresa não vive de pão e água. Fui compreensivo até aqui. Esperei pacientemente aprovarem a Lei na Câmara, mas, não tenho mais folego - relata.
Nossa reportagem tentou contato com o empresário Moacir Hernandes, que indiretamente tem exercido papel de interlocutor do governo, mas não retornou as ligações. A presidente da União dos Estudantes de Sidrolândia (UES), Letícia Martinelli, também não atendeu as ligações para falar sobre o caso.
Um grupo de estudantes que foram para o ponto de embargue esteve no escritório da Vacaria pela manhã. Segundo Moacyr, explicou ao grupo o ocorrido e os encaminhou para tratar do caso com a Prefeitura. Lavei minhas mãos finaliza Almeida.