Sidrolandia
Qualidade da carne de MS pode expandir mercado com Alemanha
De acordo com Fock além do suco de laranja e do café que o Brasil exporta para a Europa, há potencial mercadológico para outros produtos.
Famasul
24 de Abril de 2014 - 16:10
Apesar da perspectiva de aumento na produção pecuária da Alemanha, a qualidade da carne produzida em Mato Grosso do Sul abre portas para as exportações brasileiras. A análise é do doutor da Universidade de Ciências Aplicadas de Nova Brandenburgo, Theodor Fock, que apresentou a palestra Agricultura e Política Agrícola na Alemanha e na União Europeia: desenvolvimento e aspectos atuais a acadêmicos, técnicos e representantes de entidades ligadas à agropecuária sul-mato-grossense, nesta quinta-feira (24), na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Sistema Famasul).
De acordo com Fock além do suco de laranja e do café que o Brasil exporta para a Europa, há potencial mercadológico para outros produtos. A qualidade da carne brasileira e a necessidade do farelo da soja para a pecuária europeia fazem de Mato Grosso do Sul um possível fornecedor que pode suprir necessidades da Alemanha, destacou o doutor ao ressaltar que apenas 1% do Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha corresponde à agropecuária.
Segundo o diretor de relações institucionais da Famasul, Rogério Beretta, a busca por informações sobre as políticas agropecuárias da União Europeia contribui para o desenvolvimento de estratégias de mercado. Continuamente buscamos as tendências de mercado para entender a percepção que os consumidores europeus tem no momento da escolha de um produto, assim conseguimos analisar as informações e buscar oportunidades, afirmou Beretta.
Durante a palestra, Fock esclareceu que apesar das necessidades de produtos da América do Sul a União Europeia tem políticas que acarretam no avanço da produção. Diferentemente do Brasil, um produtor com apenas 40 hectares e 15 vacas leiteiras, por exemplo, é incentivado pelo governo e recebe por ano 13,2 mil, juntos os produtores alemães recebem por ano cerca de 5,5 bilhões por ano que são investidos em tecnologia, detalhou o pesquisador durante a apresentação organizada pela Famasul junto com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Gado de Corte).