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Política

Waldemar cobra sindicância na Saúde para apurar se houve negligência no atendimento a Thalita

O diagnóstico inicial foi de que teve reação alérgica a um medicamento que havia tomado na sexta-feira, dia 12

Flávio Paes/Região News

23 de Setembro de 2014 - 07:39

O vereador Waldemar Acosta (PDT), cobrou da secretária municipal de Saúde, Leila Couto, abertura de sindicância para apurar se o atendimento na rede pública prestado à Thalita Jorge de Moraes, uma menina de 6 anos que morreu sexta-feira à noite com sintomas de dengue hemorrágica, seguiu todos os protocolos recomendados pelo Ministério da Saúde nos casos como o dela.  

A criança chegou à Unidade Central de Saúde com febre alta e vômito, quadro parecido com que estava na segunda-feira, quando sua mãe a levou pela primeira vez ao posto. O diagnóstico inicial foi de que teve reação alérgica a um medicamento que havia tomado na sexta-feira, dia 12, para controlar uma infecção na garganta.

“A impressão inicial, de alguém como eu, que é leigo em medicina, é de que pode ter havido negligência. Parece-me estranho que sequer um exame de sangue tenha sido solicitado pelo plantonista”, observou Waldemar. Depois de receber remédio para controlar a febre e vômito a criança foi mandada por volta do meio-dia da sexta-feira, quando voltou a passar mal.

Levada às pressas para o hospital onde seu quadro se agravou, teve convulsões, foi entubada e acabou morrendo por volta das 22 horas antes de ser encaminhada para Campo Grande depois de ter permanecido sob observação por 9 horas. O exame de sangue mostrou que apresentava nível de plaquetas (19 mil, quando o normal é no mínimo 150 mil).

Por coincidência no atendimento em que Thalita passou mal, nenhum dos quatros pediatras que atendem em Sidrolândia estavam na cidade. O hospital chegou a localizar por telefone o vereador e médico pediatra Mauricio Anache, mas ele estava em Campo Grande, dando plantão no Hospital da Criança. 

O vereador pedetista lembrou que este não foi o primeiro caso de pacientes que passam pela rede pública com sintomas graves e os plantonistas sequer pedem um exame  de sangue. Recentemente, isto aconteceu com o garoto Micael Rosário, residente no Assentamento Barra Nova. Ele só foi diagnosticado com fogo selvagem (doença rara de pele), quando seu estado era grave e teve ser levado ao hospital.

A mãe de Micael levou o garoto quatro vezes ao posto de saúde do Assentamento Capão Bonito e na Unidade Central de Saúde, mesmo com o corpo tomado por feridas, sequer foi solicitado seu encaminhamento para dermatologista (especialista em doenças de pele). O jovem  passou 12 dias internado no Regional, teve alta e há uma semana está no Hospital do Pênfigo, de onde deve ter alta nos próximos dias.