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Policial

Rapaz admite ter empinado moto, mas alega perda de memória sobre acidente fatal

O rapaz saiu do local em uma cadeira de rodas, com um braço e uma perna ainda enfaixados

Midiamax

27 de Janeiro de 2015 - 11:00

Thiago Angelo de Lima, de 21 anos, contou uma nova versão ao delegado responsável pelo caso, diferente daquelas ditas extra-oficialmente. Disse, nesta segunda-feira (26), que chegou a empinar a motocicleta quando trafegava pela Avenida Presidente Ernesto Geisel, porém no momento do acidente no qual morreu a namorada dele, Victória Nunes, de 17 anos, alega ter perdido a memória.

“Ele disse que fez a infração de trânsito há alguns metros do local, porém, quando se envolveu no acidente, no qual bateu a moto em uma árvore localizada nas margens do Córrego Segredo, onde a namorada foi arremessada, ele já não se lembra como foi”, disse o delegado ajunto da 1ª DP (Delegacia da Polícia Civil), Miguel Said.

O rapaz contou que gosta de fazer manobras radicais com o veículo e que seguia para um evento onde faria demonstração, nas proximidades do Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul), região da saída para Rochedo. Porém, não relatou se o tal evento tinha ou não autorização para a prática.

Mas, antes, passou na casa da namorada, a adolescente Victória Nunes, de 17 anos, que o acompanharia. Durante o trajeto, ele chegou a empinar o veículo, com ela na garupa.

Além disso, Thiago ainda revelou que anteriormente já havia sido abordado empinando o veículo em via pública, porém na ocasião só foi advertido, sem qualquer tipo de multa ou penalidade por parte da autoridade policial.

Said disse ainda que não indiciou o rapaz, ou seja, ele não responde por qualquer tipo de crime. “Estamos ouvindo ele preliminarmente. Já ouvi algumas pessoas e faltam alguns laudos periciais”, fala o delegado do caso.

O advogado do motociclista, Marlon Ricardo Lima Chaves, que acompanhou o rapaz durante todo o procedimento, defende a ideia de que Thiago também foi uma vítima no caso. “Ele não teve culpa de nada, foi um acidente”, afirma, complementando: “Ainda não tenho uma tese sobre o fato, pois meu cliente não foi denunciado, se isso acontecer, então pedirei o inquérito para saber do que se trata a denúncia”.

O rapaz saiu do local em uma cadeira de rodas, com um braço e uma perna ainda enfaixados. Ele estaria em recuperação médica, de acordo com a família e amigos dele, que o aguardavam na recepção da unidade policial.