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Sidrolandia

Depois de deixar usina, sem-terra prometem acampar em Quebra Coco

O advogado da empresa, Renan Cesco, garante que os sem-terra entraram numa área de preservação da propriedade, onde promoveram desmatamentos

Flávio Paes/Região News

29 de Janeiro de 2015 - 13:00

As famílias de sem-terra que acataram a decisão judicial e deixaram na manhã desta quinta-feira a Usina Santa Olinda onde estavam acampadas desde o último dia 05, vão se instalar no Distrito de Quebra Coco, onde prometem ficar até o Incra atender a reivindicação, que é transformar os quase 8 mil hectares em assentamento da reforma agrária.

Jonas Carlos da Conceição, da Coordenação Estadual do MST, garante que a mobilização será mantida. Ele garante que as famílias só souberam pela imprensa da ordem de despejo e só não deixaram a área porque ainda não tinham sido notificados pela Justiça. “Não era necessário mobilizar tantos policiais. Se a gente tivesse sido notificado saíriamos sem problemas”, assegura.

Depois de deixar usina, sem-terra prometem acampar em Quebra CocoO representante do MST afirma que o acampamento não foi montado dentro da propriedade da Jotapar, mas numa estrada de acesso à propriedade, que ele o movimento imaginava ser público. O advogado da empresa, Renan Cesco, garante que os sem-terra entraram numa área de preservação da propriedade, onde promoveram desmatamentos para construir os barracos. Ele sustenta que a propriedade é produtiva, com mais de 4 mil hectares de soja prontos para serem colhidos nos próximos 60 dias.

Segundo o oficial de Justiça, Ivo Gomes, designado pelo juiz para acompanhar o cumprimento da reintegração de posse, desde que o Região News divulgou na segunda-feira a ordem de despejo, muitas famílias foram embora. Havia um segundo núcleo de acampamento mobilizado pelo Sindicato dos Trabalhados Rurais.