Policial
Complexidade em laudos de ossada faz delegado pedir mais prazo para concluir caso
O fato se deve à falta de laudos que comprovem a identificação da vítima e se há alguma lesão, além de testemunhas sobre o homicídio.
Midiamax
04 de Maio de 2015 - 13:33
Após um mês e cinco dias, a ossada e um par de silicones encontrados em fossa de estabelecimento comercial localizado na Avenida Tiradentes, na Vila Taveirópolis, região sudoeste de Campo Grande, ainda segue sem conclusão. O fato se deve à falta de laudos que comprovem a identificação da vítima e se há alguma lesão, além de testemunhas sobre o homicídio.
Messias Pires dos Santos Filho, delegado da 6ª DP (Delegacia da Polícia Civil) do Bairro Tijuca, área sudoeste, responsável pelo caso, revelou à equipe do Jornal que vai pedir mais prazo para a conclusão do inquérito policial. Em regra temos 30 dias para investigar, mas por conta da complexidade em esperar laudos periciais e ouvir possíveis testemunhas sobre o caso, devo pedir à justiça mais 30 dias para concluir, explica.
A princípio a ossada seria de Marília Débora Caballero que desapareceu em 2003. Na época a jovem tinha colocado as próteses, que foi um presente do companheiro, e ela morava no local que funcionava como residência e estabelecimento comercial.
Ainda hoje, o delegado deve ouvir mais testemunhas que eram vizinhas do casal e que os conheciam nesta semana. Uma delas disse que eles brigavam demais nos últimos dias e inclusive viu o marido de Marília unhado, consequência de uma das discussões, ressalta.
O relacionamento deles foi definido como conturbado, pois enquanto o marido saía para trabalhar, ela ia para rua usar drogas. E isso gerava novas discussões, fala o delegado.
Laudos
A equipe do Jornal Midiamax entrou em contato com a Sejusp/MS (Secretaria do Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul) para saber sobre os resultados dos laudos do Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal). De acordo com a assessoria, o diretor do órgão e perito médico legista Carlos Ildemar de Campos Barbosa está acompanhando de perto a situação dos exames.
Trata-se de um exame complexo, uma vez que é necessário que trabalho químico feito no osso para extrair o DNA para aí então haver a comparação. Além disso, o pré exame na ossada apontou que ele não teve danos por lesões, porém outros exames estão sendo realizados, como o toxicológico e o de asfixia, que são ainda mais morosos por conta do tipo de material para ser analisado, pois são ossos de mais de 10 anos, informa.