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Sidrolandia

Ministro diz que "vários órgãos" do governo operam "no limite financeiro"

Dyogo Oliveira (Planejamento) deu declaração ao anunciar, ao lado de Meirelles (Fazenda), a revisão da meta fiscal desta ano. Com as mudanças, governo espera liberar até R$ 10 bilhões em gastos.

G1

16 de Agosto de 2017 - 08:17

O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou nesta terça-feira (15) que "vários órgãos" do governo operam "no limite financeiro".

Dyogo deu a declaração ao anunciar, ao lado do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a revisão das metas fiscais deste ano e de 2018.

Segundo Dyogo, com a revisão da meta, o governo espera liberar de R$ 8 bilhões a R$ 10 bilhões em gastos no orçamento deste ano.

"Temos vários órgãos que estão operando no limite financeiro e que precisam de complementação", declarou o ministro durante entrevista à imprensa.

O governo decidiu propor ao Congresso revisar as metas fiscais de 2017 e 2018, aumentando a previsão de déficit para R$ 159 bilhões.

A meta em vigor é de déficit de R$ 139 bilhões neste ano e de R$ 129 bilhões em 2018.

Com a forte contenção de gastos discricionários (passíveis de corte), os serviços públicos já estão sendo afetados.

Recentemente, por falta de verbas, a Polícia Federal suspendeu a emissão de passaportes, já retomada, e a Polícia Rodoviária Federal reduziu o policiamento nas estradas.

Além disso, as universidades federais têm demitido terceirizados, reduzido consumo, cortado bolsas e paralisado obras. Os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) também foram afetados.

Diálogo com o Congresso Nacional

Questionado sobre eventuais resistências do Congresso Nacional em aprovar uma mudança das metas fiscais, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que, em um primeiro momento, "todos são contra mudanças da meta".

"É normal, eu também. Mas no momento em que é mostrado a evolução da receita, todos são responsáveis, realistas, e consideram o que é a revisão fiscal como consequência das expectativas de inflação. Acreditamos que isso é algo que haverá de ter um entendimento com o Congresso nacional bastante adequado. O Congresso é soberano", afirmou ele.