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Sidrolandia

Empresário diz que quebra contratual e calote motivaram cancelamento do show de Manutti

Flávio Guedes, empresário do artista, contesta o promoter Fagner Lobo que em entrevista ao Região News atribuiu o cancelamento do evento a um suposto boicote.

Flávio Paes/Região News

17 de Agosto de 2017 - 13:25

O show do cantor Manutti que deveria ter sido realizado no último dia 04 de agosto, foi cancelado por falta de pagamento do cachê de R$ 30 mil firmado em contrato. Flávio Guedes, empresário do artista, contesta o promoter Fagner Lobo que em entrevista ao Região News atribuiu o cancelamento do evento a um suposto boicote articulado pelo empresário Felipe Feitosa (também atuante no segmento artístico), além de ter acusado o escritório do sertanejo universitário de quebra de contrato.

“Nestes dois anos e meio em que estamos administrando a carreira de Manutti, ele não faltou a nenhum compromisso agendado. Foi em todos, inclusive em alguns beneficentes”, assegura Guedes, que pretende acionar judicialmente Fagner por danos morais. Ele avalia como “amadora” a postura do promoter, que 18 dias antes da data inicial prevista para a realização do show (23 de junho), adiou a promoção pelo facebook, sem uma comunicação prévia. “Fiquei sabendo pela secretária do escritório que viu no face o anúncio dele”, revela.

Segundo o empresário, para o primeiro show de junho, quando não conseguiu atender as exigências de estrutura e segurança do Corpo de Bombeiros e do Ministério Público, Fagner ao assinar o contrato com o escritório de Manutti pagou um adiantamento de R$ 7.500,00 do cachê do artista.

“Poderíamos ter simplesmente cancelado o contratado, sem necessidade de devolver o dinheiro, já que o ressarcimento só é possível em caso de cancelamento do show por algum motivo de força maior, o que não foi o caso. Concordamos em manter o contrato, mas fixando um cronograma de desembolso do cachê até o dia do show, 4 de agosto”, relata Flavio Guedes.

Empresário diz que quebra contratual e calote motivaram cancelamento do show de ManuttiPor este cronograma, Fagner Lobo (foto) pagou na renovação do contrato R$ 2.500,00, completando o adiantamento de R$ 10 mil. No acordo firmado para nova data, no dia 10 de julho o promoter deveria ter depositado mais R$ 3 mil, 21 dias depois, em 31 de julho, quitaria outros R$ 7 mil, restando uma última parcela complementar de R$ 10 mil, que deveria ser pago quatro horas antes do show.

“É preciso entender que há uma logística de show envolvendo uma estrutura de produção terceirizada, com aproximadamente 20 pessoas, que o artista tem de pagar bem antes de subir ao palco, daí a necessidade, do adiantamento do cachê para honrar estes compromissos“, conta o empresário.

Diante da inadimplência o show foi cancelado pelo escritório de Manutti. Na sexta-feira, dia 04 de agosto, Fagner tentou reverter à situação, num telefonema ás 15 horas, pedindo pelo amor de Deus para a apresentação ser mantida e disse ter disponível R$ 5 mil, convencido de que a renda da bilheteria seria suficiente para quitar os R$ 5 mil remanescentes do cache.

Empresário diz que quebra contratual e calote motivaram cancelamento do show de Manutti

Cantor Manutti e Flávio Guedes

No mesmo dia, segundo o empresário, o hotel cancelou as reservas porque Lobo não havia efetivado o pagamento, bem como a equipe responsável pelo som, informou que não se deslocaria para Sidrolândia, em razão do promoter não ter honrado o pagamento combinado. Flávio Guedes informou ainda, que passada esta turbulência, Manutti virá a Sidrolândia fazer um show, em parceria com a Rádio Pindorama.

“Quando se dispõe a promover um evento precisa honrar os compromissos com o artista e toda a estrutura que envolve o espetáculo. Atender as exigências de segurança previstas na Legislação.  Se quiser divulgação dos meios de comunicação, precisa custear. Simples assim, se cumprir com estes requisitos, nada vai barrar o evento. Não existe esta história de boicote e perseguição. É preciso profissionalismo”.