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Esporte

Alisson diz se espelhar em Buffon: "Um dos maiores da história, senão o maior"

Inspirado também em De Gea e Oblak, goleiro da Seleção elogia no Brasil os trabalhos de Marcelo Grohe, Danilo Fernandes, Vanderlei, Cássio e Fábio e admite: "Tite tem um grande problema"

Globo Esporte

07 de Novembro de 2017 - 15:47

Após anos de escassez, os goleiros da seleção brasileira estão bem representados no futebol europeu. Na Roma e no Manchester City, Alisson e Ederson são grandes responsáveis pelo bons momentos de suas respectivas equipes na Liga dos Campeões. O primeiro deles passou a temporada passada na reserva do time italiano, mas agora ganhou a titularidade e virou um dos destaques da equipe de Eusebio Di Francesco. E sua inspiração vem logo de um rival.

- Gosto muito de ver suas defesas, meu ídolo é o Buffon, um cara em quem me inspiro muito. Ele é um dos maiores goleiros da história, senão o maior. Ele está sempre bem posicionado, por isso joga numa idade mais avançada. Tenho observado muito o De Gea, ótimo trabalho no Manchester. E gosto também do Oblak, que sempre fez bom trabalho no Atlético de Madrid - disse o goleiro, durante entrevista coletiva nesta terça-feira, em Paris.

Em seguida, Alisson foi questionado sobre os goleiros em atividade no Brasil e falou sobre a defesa que mais chamou a atenção recentemente.

- A defesa mais falada é do Marcelo Grohe, né, pela Libertadores. Um goleiro que admiro muito, um amigo, trabalhamos na Seleção, somos praticamente vizinhos de cidade, crescemos juntos. Ele vem fazendo um grande trabalho. E o Danilo Fernandes, por ser do meu time, acompanho bastante. Cresceu o nível no futebol brasileiro. Vejo poucos jogos pelo fuso, mas Vanderlei, Cássio e Fábio também.

Além disso, Alisson credita o bom momento a um velho conhecido da torcida brasileira, o preparador de goleiros da Seleção, Taffarel.

- Hoje 90% da importância do meu treinamento e dos outros goleiros está com o Taffarel. Passamos a maior parte com ele, em trabalhos específicos. É de extrema importância, um trabalho intenso, curto, temos pouco tempo, mas é um trabalho que o Taffarel lapida os goleiros para estarmos preparados no jogo - completou o goleiro.

O goleiro da Roma e da seleção brasileira também falou da importância de Tite, que bancou sua titularidade mesmo quando ele era reserva na equipe italiana. Também falou sobre a braga por uma vaga na equipe. Apesar de titular, ele enfrenta a concorrência de Cássio e Ederson.

- O Tite tem um grande problema (risos). Acredito que da maneira como ele vem fazendo é a correta, colocando jogadores que ele acredita que deva colocar, fazendo alguns testes. É importante também manter uma espinha dorsal, uma base. Mas testes são válidos, todo mundo quando chegar a Copa tem de estar pronto, independentemente de ter jogado ou não. Os treinamentos contam muito.

Brasil e Japão se enfrentarão às 10h (horário de Brasília) desta sexta-feira, no estádio Pierre Mauroy, na cidade de Lille.