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Economia

Dólar recua mais de 1% e é vendido a menos de R$ 3,75

Além disso, investidores consideram que ele teria mais facilidade para dialogar com o Congresso em um momento de intensos atritos entre o Executivo e o Legislativo.

Correio do Estado

11 de Novembro de 2015 - 14:00

O dólar recuava mais de 1%, indo abaixo de R$ 3,75, nesta quarta-feira (11), com o mercado reagindo a rumores de que o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles poderá substituir Joaquim Levy no Ministério da Fazenda.

Às 10h50, a moeda norte-americana caía 1,48%, a R$ 3,7352. Veja a cotação do dólar hoje.
O mercado reagia positivamente aos boatos, mas operadores entendem que essa está longe de ser a solução definitiva para os problemas brasileiros. Muitos afirmaram que o viés de queda da moeda norte-americana nesta sessão era acentuado pelo baixo volume de negócios e, nesse sentido, não deve se estender por muito tempo.

Acompanhe a cotação ao longo do dia:

Às 9h10, queda de 1,25%, a R4 3,7439
Às 9h30, queda de 1,58%, a R$ 3,7314
Às 10h, queda de 1,23%, a R$ 3,745

"Nada garante que isto materializará o ajuste fiscal necessário. Neste contexto, a reação positiva dos mercados pode durar pouco. No entanto, se os novos nomes conseguirem melhorar o apoio político da equipe econômica, poderemos ver algum ponto de inflexão nos mercados locais", escreveram analistas da Guide Investimentos em nota a clientes, segundo a agência Reuters.

Meirelles comandou o BC durante os dois mandatos de Lula e perseguiu uma política monetária considerada mais ortodoxa, o que costuma agradar aos mercados financeiros. Além disso, investidores consideram que ele teria mais facilidade para dialogar com o Congresso em um momento de intensos atritos entre o Executivo e o Legislativo.

No entanto, operadores ressaltavam que a perspectiva para o Brasil continua bastante difícil e a mudança na equipe econômica, no melhor dos casos, apenas atenuaria esse quadro. Segundo eles, o movimento no mercado local era exagerado pelo baixo volume de negócios, reflexo das profundas incertezas no Brasil.

"A questão do mercado como um todo é a falta de liquidez... O investidor estrangeiro entra vendendo dólar e acaba que o investidor local, já machucado, segue o embalo", disse o especialista de câmbio da corretora Icap, Italo Abucater, à agência Reuters.
O Banco Central dará continuidade, pela manhã, à rolagem dos swaps cambiais que vencem em dezembro, com oferta de até 12.120 contratos, que equivalem a venda futura de dólares.

Na véspera, o dólar caiu 0,22%, a R$ 3,7915. Na semana, o dólar acumula alta de 0,77% e no mês, queda de 1,85%. No ano, a moeda tem valorização de 42,61%.
Ação do BC

O Banco Central dará continuidade, pela manhã, à rolagem dos swaps cambiais que vencem em dezembro, com oferta de até 12.120 contratos, que equivalem a venda futura de dólares.

O Banco Central ofertou na tarde de terça até US$ 500 milhões com compromisso de recompra. O BC também deu continuidade ao seu programa diário de interferência no câmbio, seguindo a rolagem dos swaps cambiais que vencem em dezembro. Até agora, o BC rolou o equivalente a US$ 3,552 bilhões, ou cerca de 33% do lote total, que corresponde a US$ 10,905 bilhões.