ECONOMIA
Em 18 dias, combustíveis acumulam aumento de ate 11,89% nos postos de Sidrolândia
Num intervalo de 18 dias, a contar do último dia 02, o aumento acumulado repassado ao consumidor chegou a 13,34%.
Flávio Paes/Região News
20 de Fevereiro de 2015 - 09:09
O preço dos combustíveis praticados nos postos de Sidrolândia continua sendo um dos mais caros do Estado, superando inclusive o de Paranaíba, onde o litro da gasolina é vendido a R$ 3,59, o preço médio mais caro entre as cidades de Mato Grosso do Sul onde a Agência Nacional de Petróleo (ANP) faz levantamento periódicos de preços. Num intervalo de 18 dias, a contar do último dia 02, o aumento acumulado repassado ao consumidor chegou a 11,89%, situação verificada no Posto Vacaria, onde a gasolina variou de R$ 3,349 no início do mês, para R$ 3,799 cobrados ontem. O álcool teve variação de 10,37%, saiu de R$ 2,419 para R$ 2,699.
O proprietário de veículos com tanque com capacidade para armazenar 45 litros, que começou o mês gastando R$ 150,70, hoje precisa desembolsar, R$ 20,25 a mais, R$ 170,95. A despesa vai ser maior (R$ 173,20), se o abastecimento for feito no Posto Global, onde o preço da gasolina comum foi para R$ 3,849. No Posto Martinelli, que pratica o preço mais barato da cidade (R$ 3,74), a tanqueada sai por R$ 168.30, uma diferença de R$ 4,90 sobre o valor alto. Por enquanto o Martinelli só repassou ao consumidor 2,46% de aumento.
Embora o litro do álcool tem subido menos (10,37% até os 13,34% da gasolina) não está compensando para os proprietários de veículos flex optar pelo etanol que tem a desvantagem de apresentar um rendimento 30% menor que o da gasolina: é que o preço do álcool está 29% mais barato que o da gasolina. Ou seja, esta economia é corroída pelo consumo maior do veículo.
Levantamento
Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio do litro da gasolina comercializada em Campo Grande acumula alta de praticamente 14% nas últimas quatro semanas, enquanto no Estado o valor do combustível subiu 11% no mesmo período, acompanhando elevação da carga tributária, que deixou os combustíveis mais caros no início deste mês.
No último período pesquisado, de 8 a 14 de fevereiro, o preço médio da gasolina ficou em R$ 3,45 na Capital, com ligeiro recuo (0,38%) em relação à semana anterior, quando estava em R$ 3,46. O preço mínimo encontrado nos 59 postos pesquisados foi de R$ 3,19, e o máximo, de R$ 3,49. No Estado, o valor do combustível teve pequeno acréscimo (0,28%), chegando, na sexta-feira passada, a R$ 3,46. O município com o preço médio mais barato foi o de Ponta Porã (R$ 3,33), e o com valor mais alto foi o de Paranaíba (R$ 3,59).
O combustível começou o mês aumentando de preço porque o Governo Federal aumentou a carga tributária, ao aumentar a alíquota do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre a gasolina e o óleo diesel. O aumento dos dois tributos passou a corresponder a R$ 0,22 por litro da gasolina e R$ 0,15 por litro do diesel.
O segundo aumento decorreu da atualização da base de cálculo do ICMS incidente sobre os combustíveis. De acordo com o Sinpetro (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul), o valor praticado por litro da gasolina "tipo C" passou para R$ 3.5848 contra R$ R$ 3,1415 antes em vigor pelo Confaz. Para o óleo diesel, o preço de referência passa de R$ 2.4380 para 3.0963. Já o GLP passa de R$ 2.8718 para R$ 3.8627. Segundo o vice-presidente do Sinpetro, José Tarso Moro da Rosa, o valor da pauta do ICMS do etanol também sofreu modificação e passa de R$ 1,9712 passa para R$ 2,4729.
Os novos valores de referência colocam o Mato Grosso do Sul atrás apenas do Estado do Acre no ranking dos maiores preços estabelecidos pelo Confaz. Em São Paulo, o preço ponderado para a gasolina ficou estabelecido em R$ 3.0351 e para o diesel em R$ 2.6511.




