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Economia

Exportação de milho sobe 704% e bate recorde em MS

O Japão foi o maior comprador do milho de Mato Grosso do Sul, com 151,9 mil toneladas, em seguida, com importação de 86 mil toneladas ficou a Coréia do Sul.

Famasul

17 de Julho de 2013 - 16:00

As exportações de milho de Mato Grosso do Sul registraram recorde no primeiro semestre deste ano, somando 560 mil toneladas, volume 704% superior ao resultado do mesmo período do ano passado, quando as vendas foram de 69,6 mil toneladas. Os números foram apresentados na Circular Técnica divulgada pelo Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga), elaborado pela equipe técnica da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja/MS – Sistema Famasul).

Segundo a assessora técnica da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), Adriana Mascarenhas, o aumento da demanda internacional pelo milho sul-mato-grossense é justificado pela seca prolongada nos Estados Unidos na safra passada. “Os países que compravam tradicionalmente o milho americano tiveram que negociar com outros países. Como o Brasil tem preço competitivo e volume suficiente para atender essa demanda, se tornou uma excelente opção como fornecedor”, avalia Mascarenhas.

A receita das exportações do grão atingiu US$ 159,8 milhões no período analisado, com incremento de 784% em comparação ao primeiro semestre de 2012, quando o faturamento ficou em US$ 18 milhões.

O Japão foi o maior comprador do milho de Mato Grosso do Sul, com 151,9 mil toneladas, em seguida, com importação de 86 mil toneladas ficou a Coréia do Sul. O terceiro principal cliente do milho do Estado foi o Irã, com 54,2 mil toneladas. Para Adriana, o cenário dos próximos meses é incerto. “Se a safra americana for cheia como é previsto, o país recuperará o mercado internacional, concorrendo novamente com o Brasil”, afirma.

No mercado interno o preço do milho anotou média de R$ 17,1 a saca de 60 quilos, com queda de 17,5% ao valor visto no início da colheita, quando a saca do grão estava cotada a R$ 20,8 no começo de junho. “A queda no preço está associada à expectativa recorde tanto na produção interna quanto na externa”, ressalta Adriana.

A circular técnica do Siga-MS revela também que em MS a colheita de milho safrinha já avançou 12% da área total. Caso não haja chuvas, como está previsto, o processo de colheita será beneficiado, sem atrasos até a sua conclusão. Segundo o analista de grãos do Sistema Famasul, Leonardo Carlotto, não há risco de perdas nas lavouras, o que mantém a estimativa de produção em 6,9 milhões toneladas, 13,1% a mais que o volume da safra anterior, quando a colheita somou 6,1 milhões de toneladas.