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Economia

Exportações de industrializados do Estado atingem US$ 2,05 bilhões

Nos últimos 7 meses do ano, os principais grupos são “Papel e Celulose”, “Couros e Peles”, “Extrativo Mineral” e “Complexo Carne

Daniel Pedra/Assessoria

14 de Agosto de 2013 - 08:25

De janeiro a julho deste ano, a receita de exportação de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul atingiu US$ 2,05 bilhões, o que representa um aumento de 24,6% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o montante foi de US$ 1,64 bilhão, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems com base nos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O crescimento foi alavancado pelos grupos "Papel e Celulose", com alta de 111,8%, "Couros e Peles", com elevação de 46%, "Extrativo Mineral", com aumento de 28,3%, e "Complexo Carne", com salto de 16,1%.

Segundo o presidente da Fiems, Sérgio Longen, com uma receita equivalente a US$ 354,4 milhões, julho de 2013 registra o 2º melhor resultado já alcançado em toda a série histórica da exportação de industrializados de Mato Grosso do Sul, ficando atrás somente do mês de setembro de 2011, quando a receita foi de US$ 366 milhões.

“Com os resultados de igual mês, ao longo da série, vale ressaltar que de janeiro de 2009 até agora foram registradas 40 quebras de recorde nas receitas de exportação. O que equivale a dizer que o recorde mês a mês, ao longo desse período, foi quebrado em 72,7% das vezes”, ponderou.

Na avaliação do Radar da Fiems, é importante destacar que o desempenho observado de janeiro a julho de 2013 se deu sobre uma forte base de comparação, pois, em igual período nos anos de 2010, 2011 e 2012 as receitas totais da exportação de industrializados alcançaram US$ 1,18, US$ 1,62 e US$ 1,64 bilhão, respectivamente, indicando deste modo, que de 2010 a 2013 no intervalo considerado, a exportação de industrializados cresceu, em média, 14,7%. “Mantido esse crescimento, as exportações de industrializados devem fechar 2013 com um montante superior a US$ 3,4 bilhões, um valor superior ao registrado nos últimos dois anos pelo setor”, estimou Sérgio Longen.

Quanto à participação relativa, o levantamento do Radar da Fiems aponta que no acumulado do ano o setor industrial já responde por 63% de tudo que é exportado por Mato Grosso do Sul. Com relação ao volume total das exportações, o setor alcança 5,6 milhões de toneladas, indicando um crescimento de 20,8% em relação à igual período de 2012, quando foi vendido ao exterior o equivalente a 4,6 milhões de toneladas de produtos industrializados.

Grupos

Ainda conforme o Radar da Fiems, o desempenho observado teve como destaques as evoluções ocorridas, principalmente, graças aos grupos "Papel e Celulose", "Couros e Peles", "Extrativo Mineral" e "Complexo Carne". Como indicado nos levantamentos anteriores, no caso do primeiro grupo, a expansão decorre do início da atividade de uma nova planta de celulose no Estado, que dobrou a capacidade nominal de produção, permitindo que novos clientes fossem atendidos e, principalmente, que os tradicionais compradores da celulose sul-mato-grossense pudessem ampliar ainda mais os volumes de suas aquisições.

Na primeira condição, observou-se que em relação a igual período do ano passado, são 16 novos destinos para os produtos do grupo “Papel e Celulose”, proporcionando uma receita adicional equivalente a US$ 13,4 milhões. Em relação à segunda condição, países como a China, Itália, Holanda, Estados Unidos e Coréia do Sul. No grupo “Couros e Peles”, a receita de exportação gerada de janeiro a julho de 2013 ficou em US$ 83,3 milhões, apontando um crescimento nominal de 46% sobre igual período de 2012, com destaque para as vendas de outros couros bovinos e bubalinos não divididos e úmidos com US$ 54,8 milhões, outros couros bovinos e bubalinos divididos e úmidos com US$ 13,6 milhões e couros bovinos inteiros “wet blue” com US$ 9,1 milhões, tendo como principais compradores China, Itália, Hong Kong e Vietnã.

Já no terceiro grupo destacado a elevação observada se deu em função dos aumentos ocorridos no volume embarcado e preço médio da tonelada do minério de ferro. Em relação ao volume, o total vendido ao exterior no período de janeiro a julho de 2013 alcançou 2,95 milhões de toneladas, resultado 5,1% maior que o obtido em igual intervalo de 2012, enquanto o preço médio da tonelada, na mesma comparação, apresentou variação de 12,7%, saindo de US$ 80 para US$ 90,1, proporcionando, deste modo, uma receita adicional equivalente a US$ 41,5 milhões. Adicionalmente, vale ressaltar o desempenho das exportações de minérios de manganês que, na mesma comparação, proporcionaram uma elevação equivalente a 202%, resultando numa receita adicional de US$ 25,7 milhões.

Quanto ao grupo “Complexo Carne”, a expansão foi proporcionada pelo aumento das receitas obtidas com as carnes desossadas e congeladas de bovinos, pedaços e miudezas comestíveis congelados de frango, carnes desossadas frescas ou refrigeradas de bovinos e carne congelada de frango não cortada em pedaços que, somados, apresentaram um crescimento de US$ 75,9 milhões. Os países que mais contribuíram para o desempenho observado foram Hong Kong, Venezuela, Chile, Japão, Emirados Árabes Unidos e Egito que, somados, geraram uma receita adicional equivalente a US$ 117,5 milhões.