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ECONOMIA

Frigoríficos de Campo Grande resistem em conceder reajuste salarial

Além os 7% de reajuste, os frigoríficos oferecem também um piso salarial de apenas R$ 680

Com informações de Wilson Aquino

08 de Maio de 2012 - 15:54

Frigoríficos de Campo Grande estão resistindo, desde 1º de março, quando deveria entrar em vigor a nova Convenção Coletiva de Trabalho 2012/13, conceder ganho real aos trabalhadores. Eles insistem em dar apenas 7% que cobrem apenas o acumulado da inflação nos 12 meses que antecedem a data base da categoria, informa Vilson Gimenes Gregório, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Derivados de Campo Grande e Região.

Até agora foram quatro reuniões para negociação sem sucesso. O sindicalista chegou a se reunir com a classe patronal no interior de São Paulo, mas não conseguiu arrancar ganho real para os trabalhadores.

“Não podemos aceitar apenas a reposição da inflação. Os empregados dos frigoríficos são os maiores responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento do setor que tem avançado inclusive no mercado externo. Agora, na hora de dividir o lucro, eles não aceitam. Isso é um absurdo”, comentou o sindicalista.

Além os 7% de reajuste, os frigoríficos oferecem também um piso salarial de apenas R$ 680. Gimenes Gregório, que preside também a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins de Mato Grosso do Sul – FTIAA/MS informa que outras categorias profissionais que sequer exige técnica e conhecimentos específicos profissionalizantes, têm piso muito superior a esse valor.

“Os trabalhadores em frigoríficos merecem um piso digno, acima de R$ 800,00”, afirmou o sindicalista.