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Economia

Geada já comprometeu 17% da safra do Mato Grosso do Sul

Com esses números, chegamos então ao que significa os 17% de perda para o setor sucroenergético na safra atual, o que equivale a mais de 600 milhões de reais.

Assessoria

19 de Agosto de 2013 - 11:00

As geadas que atingiram Mato Grosso do Sul em 23 e 24 de julho trouxeram sérias perdas ao setor sucroenergético. Total de 17% de perda na safra atual, o equivalente a mais de 600 milhões de reais, além de deixar a próxima safra também comprometida.

Os dados fazem parte de levantamento que a Biosul (Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso Sul) vem fazendo. Conforme detalha Roberto Hollanda Filho, presidente da Biosul, “perda de crescimento e perda de qualidade, são os efeitos da geada na cana-de-açúcar. Quando ocorrem as geadas, as usinas então precisam mudar todo o seu plano de colheita e ir a campo para tirar essa cana o quanto antes, ainda que a planta não esteja no estágio ideal para cortes”.

O que aconteceu nesta safra é que as áreas afetadas foram grandes, impossibilitando a colheita de toda a cana afetada. “As perdas se manifestaram de duas formas. Quatro milhões de toneladas de cana deixarão de ser colhidas, além de a perda de qualidade ser cerca de 10 quilos de ATR por tonelada de cana. O que equivaleria a outros 3,5 milhões de toneladas”, explica Roberto Hollanda.

Com esses números, chegamos então ao que significa os 17% de perda para o setor sucroenergético na safra atual, o que equivale a mais de 600 milhões de reais.

Lembrando que em 15 de agosto a geada voltou a castigar o sul do Estado, com efeitos ainda em avaliação pela Biosul. O setor torce para que não chova – a chuva acelera muito o processo de deterioração da cana atingida pela geada. Além disso, outro problema deixa em alerta não só o setor da cana, mas todo o agronegócio do MS, a possibilidade de incêndio, já que a palha em que foi convertida a vegetação é altamente inflamável.

A preocupação já se prolonga para a próxima safra. Toda a área que já havia sido colhida nesses quatro meses de safra perdeu toda a brotação e massa verde desenvolvidas. Assim, o jeito será começar, o que deve atrasar o início da próxima safra. A oferta de mudas para expansão também fica comprometida.