Economia
Ministro acredita que embargo da Rússia a frigoríficos brasileiros é temporário
Diante disso, o ministro confia que as restrições da Rússia à nove unidades de bovinos e uma planta de suínos serão apenas temporárias.
Valor Econômico
07 de Outubro de 2013 - 09:53
O embargo que a Rússia iniciou na quarta-feira (02) contra dez frigoríficos brasileiros é fruto de um desentendimento entre o serviço sanitário russo e o governo brasileiro, disse o ministro da Agricultura, Antonio Andrade, na cerimônia de abertura da Semana Nacional da Carne Suína, realizada na capital paulista. Achamos que tínhamos atendido a todas as reivindicações dos russos, afirmou Andrade, referindo-se aos questionamentos feitos pelo russos durante a missão sanitária realizada no Brasil em julho.
Diante disso, o ministro confia que as restrições da Rússia à nove unidades de bovinos e uma planta de suínos serão apenas temporárias.
Para amenizar o embargo, o Ministério da Agricultura ofereceu, durante as negociações com os russos, trocar os frigoríficos suspensos pela habilitação de outras unidades do país, afirmou Andrade. Com isso, a Rússia vetaria as unidades que avalia não cumprir as exigências sanitárias, mas liberaria a exportação de outros frigoríficos brasileiros. Por enquanto, a proposta não vingou.
Apesar disso, o ministro disse acreditar que não haverá impacto nas exportações de carnes do Brasil, uma vez que as empresas poderão exportar para os russos a partir de outras unidades que ainda estão autorizadas a exportar. A Rússia é o segundo principal destino das exportações de carne bovina do Brasil.
A despeito do otimismo, Andrade admitiu problemas financeiros na área sanitária. Segundo ele, o ministério não fez repasses neste ano para as agências estaduais de defesa sanitária. O ministro disse que o convênio com as agências foi interrompido na gestão do ministro Mendes Ribeiro (PMDB-RS) por problemas orçamentários.
Apesar da falta de repasses, Andrade garantiu que as atividades de defesa sanitária sob responsabilidade dos Estados não foram descontinuadas e que um novo convênio com as agências de defesa será firmado neste mês. Por meio desse novo convênio, afirmou, o ministério repassará R$ 150,8 milhões por ano para as agências estaduais.