Economia
País tem o desafio de tirar 16 mil da extrema pobreza
Agência Brasil
03 de Novembro de 2011 - 08:13
O Brasil reconhecido internacionalmente como exemplo de inclusão social tem o desafio de tirar 16 milhões de pessoas da extrema pobreza nos próximos anos, disse no dia (1º) a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello.
Segundo ela, o governo espera alcançar o objetivo por meio do Plano Brasil sem Miséria, possibilitando que essa parcela da população tenha acesso a oportunidades no mercado de trabalho para melhorar as condições de vida.
De acordo com Tereza Campello, o governo aposta na continuidade do crescimento econômico para eliminar a miséria no Brasil.
A expansão da economia, acrescentou, traz mais empregos, novas oportunidades no mercado e riqueza para o país.
O Plano Brasil sem Miséria prevê ações de transferência de renda e inclusão produtiva, assinalou a ministra, depois de participar, na capital paulista, do 16º Fórum de Debates Brasilianas.org.
A qualificação profissional é o caminho para que os trabalhadores aproveitem o cenário favorável, destaca Tereza Campello O governo está ofertando à população extremamente pobre cursos nas áreas de serviços e construção civil e ajudando os pequenos empreendedores a melhorar seu negócio.
Os cursos começam neste final de 2011 e se estenderão pelos próximos três anos.
A ministra ressaltou que muitas pessoas dessa camada social estão em bolsões de pobreza, aos quais o Estado tem dificuldades de acesso.
Nosso esforço é chegar até essa população com equipes volantes, acompanhadas de profissionais da saúde.
Na população isolada da floresta ou do meio rural, nosso objetivo é chegar com assistência técnica e sementes, garantindo a melhoria de sua produção.
Também participante do 16º Fórum de Debates Brasilianas.org, o professor de Cambridge (Inglaterra) e consultor do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) Flavio Comim disse que o Plano Brasil sem Miséria tem o mérito de fazer com que o Estado seja o provedor dos direitos básicos da população.
Parece que é uma questão trivial, mas não é, porque quando falamos de comida, falamos de água, saúde e educação.
Esse resgate da perspectiva do cidadão faz com que o Estado tenha uma ação mais ativa. A mudança de entendimento é o resgate da cidadania.