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Economia

Preço da carne bovina sobe até 20% e consumidor diversifica cardápio

De acordo com pesquisa do IPC/CG (Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande), o corte do peito do bovino foi o que mais aumentou.

Campo Grande News

29 de Outubro de 2013 - 09:11

O preço da carne bovina subiu até 20,85% em Campo Grande e, além de pesquisar, o consumidor decidiu diversificar o cardápio a fim de economizar. Para o empresário, o aumento chegou a 30%. A culpa seria da longa estiagem no início de semestre, da geada e da baixa na oferta de gado.

De acordo com pesquisa do IPC/CG (Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande), o corte do peito do bovino foi o que mais aumentou. Em comparação a outubro de 2012, o reajuste foi de 20,85%. No ano passado, o quilo custava, em média, R$ 10,11 e, agora, R$ 12,21.

O quilo do coxão mole passou de R$ R$ 15,20 para R$ 17,06, um aumento de 12,3%, enquanto o lagarto subiu 11,3%, ou seja, de R$ 13,04 para R$ 14,51. O quilo de patinho custava, em outubro de 2012, R$ 13,81 e, agora, R$ 15,13, um reajuste de 9,6%.

O quilo da alcatra, da picanha e do contra-filé, aumentaram, respectivamente, 4,63%, 2,98% e 2,67%. A alcatra passou de R$ 17 para R$ 17,79; a picanha, em média, aumentou de R$ 24,32 para R$ 25,05 e o contra-filé de R$ 17,85 para 18,32.

Por outro lado, o preço do quilo do fígado caiu 18,85%, de R$ 8,49 para R$ 6,87. O IPC/CG também registrou queda de 12,85% no valor do cupim, que passou a custar R$ 12,85 em vez de R$ 14,31.

A pensionista Ercília Rezende de Freitas, 76 anos, percebeu os preços “mais salgados”. “Mais do que nunca, antes de comprar, pesquiso bastante”, frisou. O casal Joaquim Antecler dos Santos, 63, e Luiza Rodrigues Gonzaga, 63, também andam assustados com o preço elevado da carne.

“O jeito é diversificar o cardápio”, comentou Luiza. A alternativa, segundo ela, é “caprichar no completo” e aumentar a rotatividade de pratos com menos carne, como o tradicional carreteiro.

No açougue – Se para o consumidor está difícil, o empresário também teve de adotar estratégias para não perder a freguesia, diante do aumento. “Para a gente, o reajuste varia de 20% a 30%, mas não deu para repassar tudo para o consumidor, caso contrário, perdemos a clientela”, avaliou a empresária, Luciane Mello Viana, da Fino Corte Carnes e Conveniência.

Segundo ela, a elevação do preço começou em setembro e entrou neste mês. “Segurei o quanto eu pude e só repassei o aumento há duas semanas”, contou. Luciane disse que, em média, reajustou o preço do quilo em R$ 1 a R$ 1,50. “Não chegou a 10% de aumento”, comentou.

Questionada sobre os motivos da elevação, a empresária disse que, segundo os revendedores, a culpa seria da estiagem do início do semestre, associada a decisão dos pecuaristas de segurarem os bovinos no pasto.

“Os frigoríficos informam que está difícil comprar gado e o que chega aqui está magro”, comentou Luciane. “É a lei da oferta e da demanda, faltou o produto, aumenta o preço”, concluiu.

Arroba - Apesar do preço para o consumidor chegar a 20%, o preço da arroba só teve correção de 9,57% nos últimos 12 meses. Nesta semana, a cotação da arroba do boi gordo de 15 quilos custa R$ 103, contra R$ 94 em outubro do ano passado.