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Economia

Produtor deve diversificar cultivares e escalonar semeadura da soja

O pesquisador comenta que não adianta o produtor reclamar que o custo de produção está alto e o preço do produto está baixo se ele toma nenhuma medida para que o cenário seja diferente.

Agrodebate

05 de Setembro de 2013 - 10:38

Com previsão para a próxima safra de verão (2013/2014) de continuidade do fenômeno da neutralidade climática em Mato Grosso do Sul, o que deve resultar em uma quantidade de chuvas próxima a média histórica, mas que podem ocorrer de modo irregular, tanto no tempo quanto geograficamente, a melhor alternativa para o produtor rural que vai plantar soja minimizar os riscos é fazer a diversificação de cultivares e escalonar a semeadura.

A orientação é do engenheiro agrônomo e pesquisador de Fitotecnia Soja da Fundação MS, Carlos Pitol. Ele explica que com a utilização dessas práticas, o produtor se assegura que as fases críticas da cultura não fiquem excessivamente concentradas e, em caso de ocorrência de uma adversidade climática, toda a lavoura seja afetada.

“É importante ficar ciente de que podemos ter falta de chuva em um momento e excesso em outro. A dúvida maior é se isto vai ocorrer nos momentos críticos da cultura da soja”, alerta. Conforme o pesquisador, as previsões atuais indicam para Mato Grosso do Sul um atraso no início das chuvas e uma regularização ao longo do mês de outubro.

“Isto nos diz que devemos ter muita cautela no início da semeadura da soja. Semear com pouca umidade no solo ou no seco, apostando na previsão de chuva pós-plantio, pode ser de alto risco”, analisa.

Diversificação

Pitol diz que atualmente a soja sinaliza para um bom preço na próxima safra, enquanto que para o mercado do milho ainda existem muitas dúvidas e que, por isso, é necessário que o produtor estude alternativas para sua propriedade.

“As áreas de lavoura com mais de 4 a 5 anos do sistema soja/milho safrinha necessitam de rotação de culturas e este acreditamos ser um ano favorável para abrir espaço também para outras culturas, como trigo, aveia, nabo forrageiro, crambe e outras culturas conhecidas do produtor”, explica.

O pesquisador comenta que não adianta o produtor reclamar que o custo de produção está alto e o preço do produto está baixo se ele toma nenhuma medida para que o cenário seja diferente. “Estamos em tempo de tomar precauções e agir mais conscientemente, nos antecipando a problemas previsíveis”, conclui.