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Economia

R$ 40 mil é preço máximo para quem quer comprar carro, diz pesquisa

De 502 entrevistados, maioria aponta que esse seria o limite de gasto. No entanto, encontrar carro zero por esse preço é cada vez mais difícil.

G1

17 de Novembro de 2016 - 09:08

Em meio à crise, a maioria dos brasileiros que se dizem interessados em trocar ou comprar um carro não pretende investir mais do que R$ 40 mil, aponta pesquisa feita pelo Ibope Conecta, a pedido do Mercado Livre.

A consulta foi feita com 502 internautas em todo o país, em outubro passado. Do total de entrevistados, 80% disseram que já tinham um carro em casa. Os demais 20% não possuíam, mas pretendiam comprar.

Dos que já tinham o veículo, 75% afirmaram querer trocar de carro nos próximos 3 anos, mas 13% disseram que continuarão com o mesmo por mais tempo. Outros 7% pretendiam vender e ficar sem carro. E 5% disseram que ainda não tinham tomado uma decisão.

Entre os que pretendiam trocar, 21% consideravam R$ 30 mil como valor máximo para a compra; outros 30%, até R$ 40 mil; e 20%, pensavam em investir até R$ 50 mil.

Entre os entrevistados que ainda não tinham carro, o limite apontado por 45% foi de R$ 30 mil; para 27%, R$ 40 mil. Apenas 11% pensavam em valores mais altos e 17% disseram não saber quanto queriam gastar.

Zero ou usado?

Nas intenções de compra, 56% dos que já tinham carro pretendiam trocá-lo por um zero quilômetro e 24% disseram optar por usados. Entre os que ainda não tinham carro, houve mais equilíbrio: 31% miravam um veículo novo e outros 31%, um usado.

Encontrar um carro zero por até R$ 40 mil também é cada vez mais difícil. O Chevrolet Onix, modelo mais vendido no país, parte de R$ 39.590 na versão Joy, que tem carroceria antiga. Com visual renovado, o preço salta para R$ 44.890.

Seu maior rival, o Hyundai HB20, começa em R$ 41.655. O Fiat Uno, em R$ 41.890. Também passa desse limite Ford Ka,Renault Sandero e Toyota Etios.

Abaixo estão o Fiat Mobi, que parte de R$ 32.380, sem ar-condicionado, e o Volkswagen Up!, que começa em R$ 35.190,00, com 2 portas, e R$ 37.590, com 4, ambos na versão Take Up!, que não tem ar nem direção hidráulica de série. O mais barato, atualmente, é o Chery QQ, que custa R$ 29.990, com ar e direção assistida.

Conectividade em baixa

A pesquisa também concluiu que o preço é o item que mais pesa na hora da compra, sendo um fator "muito importante" para 76% dos que já têm carro e para 87% dos que não possuem. O consumo de combustível aparece como o segundo mais relevante nos dois recortes, com 71% e 74%, respectivamente.

Diferentemente do que as fabricantes gostam de divulgar, a conectividade (integração com smartphone ou conexão com a internet) não foi considerada um fator tão importante para os entrevistados: ficou em último na lista de 13 pontos que podem pesar na decisão.

O design ficou em penúltimo, atrás de marca, valor de revenda, performance, valor de seguro e conforto.

Entre os itens de série "indispensáveis", o ar-condicionado é o mais desejado por todos os públicos, seguido por direção hidráulica e freios com ABS. Bluetooth, banco em couro e GPS são os menos citados na lista de 15 itens.