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Economia

Servidores municipais querem 7,24% de reajuste com pagamento retroativo a maio

Uma correção linear de 7,24%, como a pleiteada pelo funcionalismo, impactaria a folha de pagamento em R$ 275,2 mil por mês

Flávio Paes/Região News

06 de Agosto de 2013 - 09:00

Foto: Macos Tomé/Região News

Servidores municipais querem 7,24% de reajuste com pagamento retroativo a maio

Prefeito Ari Basso durante negociação com servidores públicos em protesto.

A comissão de servidores, integrada também por dois vereadores,  que se reúne  às 14 horas com o prefeito Ari Basso,  vai chegar à mesa de negociação na expectativa de arrancar do Executivo um reajuste salarial que  recomponha  a inflação  dos últimos 12 meses (6,24%) e garanta um aumento real de 1%.

Uma correção linear de 7,24%, como a pleiteada pelo funcionalismo,  impactaria a folha de pagamento em R$  275,2 mil por mês, valor que projetado sobre nove folhas de 2013 (de maio a dezembro e 13º), significaria um custo adicional de R$ 2.476,800,00, num cálculo simplista, porque não leva em conta o efeito cascata  de uma correção do salário-base sobre as gratificações.

Com os cortes aplicados em julho (160 demissões)  corte de gratificações, a folha caiu de R$ 4,3 milhões para estimados R$ 3,8 milhões. Quem sugere que o ponto de partida dos entendimentos seja o pedido de se aplicar uma correção salarial equivalente à inflação e mais um 1%%, é o vereador Sérgio Bolzan, presidente licenciado do maior sindicato de Sidrolândia, que representa os funcionários da Seara.

Ele sustenta também que haja retroatividade  a maio, mês que tradicionalmente nos últimos oito anos, a Prefeitura concede um reajuste anual, uma espécie de data-base informal instituída. Segundo o vereador Edno Ribas, que também integra a comissão, os cortes de gastos não podem sacrificar apenas os servidores que tem um salário médio inferior a dois mínimos.

“Há muita gordura para o prefeito cortar, no custeio, nas gratificações dos altos salários. O mínimo que se espera é um reajuste igual à inflação para recompor  o poder de compra do funcionário”, sustenta.  Ele garante que a maioria dos vereadores não vão aprovar mudanças no plano de cargos e carreiras que resultem em redução de vencimento.

Além do reajuste, nesta reunião com o prefeito, a comissão de vereadores vai reivindicar o pagamento das horas-extras dos funcionários da Secretaria de Infraestrutura que atuam na manutenção das estradas rurais. Ontem um grupo deles, fechou o pátio da Secretaria e só  aceitou sair para o trabalho depois de conversarem com o prefeito.

A queixa do grupo é que há três meses não recebem as extras (duas horas por dia), perderam gratificações  e muitos deles ficaram sem insalubridade e periculosidade, que eram pagas até o ano passado.