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Economia

Vendas do comércio têm queda de 0,6% em março e encerram 1º trimestre no vermelho

G1

07 de Maio de 2021 - 08:12

Vendas do comércio têm queda de 0,6% em março e encerram 1º trimestre no vermelho
Segmento de hiper e supermercados foi o único dos oito investigados na pesquisa do IBGE que registrou crescimento nas vendas em março — Foto: Eduardo Peret/Agência IBGE Notícias

As vendas do comércio varejista tiveram queda de 0,6% em março, na comparação com fevereiro, apontam os dados divulgados nesta sexta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado em 12 meses, porém, o comércio registra alta de 0,7%. Na comparação com março do ano passado, houve alta foi de 2,4%.

Setor varejista teve segunda queda nas vendas em três meses — Foto: Economia/G1

Setor varejista teve segunda queda nas vendas em três meses — Foto: Economia/G1

Com o resultado, o setor encerrou o primeiro trimestre do ano no vermelho. Na comparação com o 4º trimestre de 2020, a queda foi de 4,3% - foi o segundo trimestre seguido em queda. Já na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, a recuo foi de 0,6%. De acordo com o IBGE, das oito atividades do comércio investigadas na pesquisa mensal, sete tiveram queda no volume de vendas na passagem de fevereiro para março. A única com crescimento foi a hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que teve alta de 3,3%.

O principal impacto negativo para o resultado geral partiu do setor de móveis e eletrodomésticos, que teve queda de 22% em março. Segundo o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, essa atividade foi muito influenciada pelo comportamento dos consumidores durante a pandemia.

“No primeiro momento, o setor teve um crescimento acentuado porque, estando em casa, as pessoas repuseram muita coisa tanto em móveis quanto em eletrodomésticos. Mas, passada essa primeira fase, não há crescimentos tão expressivos assim. E, quando as vendas diminuem, o setor costuma fazer promoções. Então houve um aquecimento das vendas em fevereiro e essa queda em março”, explicou.

Perspectivas

A confiança empresarial teve, em abril, a primeira alta após seis quedas seguidas, conforme o último levantamento divulgado pela Fundação Getúlio Vargas. Segundo a entidade, a indústria é único setor a registrar níveis elevados de confiança. No entanto, o índice do comércio, que em março havia despencado para o menor nível desde maio de 2020, teve alta de 11,6 pontos, no mês.

Os economistas do mercado financeiro passaram a prever uma maior expansão da economia este ano. Conforme o último relatório Focus, divulgado pelo Banco Central, a previsão é de que o Produto Interno Bruto (PIB) do país tenha alta de 3,14% - antes, o crescimento previsto era de 3,09%.

O mercado financeiro também aumentou a projeção de alta da inflação para este ano, de 5,01% para 5,04%. A previsão de inflação do mercado continua acima da meta central deste ano, de 3,75%, e se aproxima do teto do sistema de metas: 5,25%. Isso porque, pelo sistema atual, a inflação será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25% em 2021.