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Esporte

Ausência na Libertadores pode selar saída de pelo menos três titulares

Lucas Lima resolveu ficar no clube, após rejeitar uma oferta do Porto no meio do ano, mas sempre deixou claro que tem o desejo de jogar na Europa.

Gazeta Esportiva

03 de Dezembro de 2015 - 16:03

“Nós queremos manter todos os jogadores do elenco para o ano que vem”. A frase é de Modesto Roma Jr, presidente do Santos. No último mês, o mandatário tem repetido o discurso sempre que questionado sobre chegada e saída de atletas na janela de transferências do início do ano. Mas, o próprio presidente também nunca escondeu que para tornar esse desejo realidade, a classificação do time para a disputa da Copa Libertadores de 2016 era crucial. Porém, ela não veio. E agora o clube corres sérios riscos de perder atletas importantes. Pelo menos três titulares dificilmente permanecerão vestindo a camisa do Santos na próxima temporada. São eles Lucas Lima, Marquinhos Gabriel e Gustavo Henrique.

Lucas Lima resolveu ficar no clube, após rejeitar uma oferta do Porto no meio do ano, mas sempre deixou claro que tem o desejo de jogar na Europa. Por isso, não garantiu que seguiria no Peixe para 2016. Recentemente, em entrevista ao Sportv, Modesto Roma Jr revelou que há proposta pelo meia, hoje também valorizado pelas convocações à Seleção Brasileira, de até 20 milhões de euros (cerca de R$ 80 milhões). Na primeira quinzena de novembro, o mandatário confessou à Gazeta Esportiva que Libertadores seria a ‘arma’ para segurar o camisa 20

“Eu estou muito confiante na permanência dele para o ano que vem, porque ele quer ficar. Ele quer jogar a Libertadores. Ele me falou”, disse, à época.

O Santos detém apenas 10% dos direitos econômicos de Lucas Lima. O grupo de empresários Doyen Sports é dono de 80%, enquanto a empresa Khodor Soccer tem 10%.

Já Marquinhos Gabriel se tornou “a prioridade de Dorival Júnior”. O técnico já externou à imprensa e à diretoria que a contratação do jogador é o seu principal pedido no planejamento para a próxima temporada.

O meia, que desperdiçou o primeiro pênalti contra o Palmeiras, após escorregar na hora da batida, tem contrato com o Al-Nassr, da Arábia Saudita, até o meio de 2017 e seu vínculo de empréstimo com o Santos termina agora no fim dezembro. O próprio atleta já admite que os donos de seus direitos econômicos dificilmente vão topar uma prorrogação do empréstimo, principalmente em função de seu contrato ter pouco mais de um ano de vigência.

Em cima disso, o plano do Santos estava traçado. Marquinhos Gabriel tem um valor fixado de compra de U$ 4 milhões (aproximadamente R$ 15 milhões), pedida muito alta para a realidade do clube neste momento. Modesto Roma Júnior, então, pretendia oferecer cerca de R$ 10,5 milhões para adquirir parte dos direitos econômicos do jogador. A ideia inicial era ficar com a fatia de 70% e realizar este pagamento de forma parcelada.

A cúpula santista acreditava que a oferta poderia ser bem vista pelo Al-Nassr devido a oportunidade de Marquinhos Gabriel se valorizar ainda mais se jogasse a Libertadores, já que se transformou em titular absoluto da equipe paulista. Com isso, cresceria a chance de aparecer um clube interessado em comprar o jogador por um valor satisfatório a menos de um ano do fim de seu contrato.

Com o fim das chances do Peixe disputar a Libertadores em 2016, dificilmente o plano surtirá um efeito positivo, podendo até mesmo ser cancelado.

Enquanto isso, o zagueiro Gustavo Henrique não deve ter seu vínculo renovado com o clube. Revelado nas categorias de base do Peixe, aos 22 anos, o defensor tem contrato apenas até o fim deste ano e as conversas para uma extensão não têm evoluído. O jogador, que também desperdiçou um pênalti nesta quarta, contra o Palmeiras, nunca escondeu que jogar a Libertadores era sua principal ambição e motivação para ficar.

“É o grande objetivo. Sempre sonhei em jogar uma Libertadores. Sempre assisti o Santos na Libertadores. Se concretizar, espero estar à disposição do Dorival e fazer história no clube”, comentou, antes de saber como terminaria a temporada.