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Esporte

Campeã olímpica, Rafaela Silva se reinventa para voltar ao pódio de um Mundial em Baku

Muito estudada por rivais, campeã olímpica prepara surpresas e tem evolução rumo à principal competição do ano: "Muito focada"

Globo Esporte

19 de Setembro de 2018 - 16:21

Rafaela Silva brinca no treino da seleção brasileira. É só sorrisos. Afinal está de volta ao seu ambiente natural. Depois de um 2017 atípico, repleto de compromissos com patrocinadores, a campeã olímpica volta a se dedicar mais aos tatames. A judoca está se reinventando por uma meta: retornar ao pódio de um Mundial. E já pode ser no sábado, em Baku, no Azerbaijão. O SporTV 2 transmite as finais do Mundial de Judô a partir desta quinta-feira, às 9h (de Brasília). Gabriela Chibana (48kg) e Phelipe Pelim e Eric Takabatake (60kg) são os primeiros brasileiros na disputa.

- Eu estou muito focada nesse Campeonato Mundial. A última medalha que eu ganhei em já fez cinco anos. Então acho que um dos meus objetivos nesse ciclo é voltar ao pódio em um Mundial, uma competição importante - disse a judoca.

Atual campeã olímpica no peso leve (-57kg), Rafaela até foi ao pódio no Mundial de 2017, só que na disputa por equipes mistas - o Brasil ficou com a prata. Ela ainda tem no currículo o ouro do Mundial de 2013 e a prata de 2011 na sua categoria, além de uma prata por equipes femininas de 2013. No ano passado, porém, foi eliminada na primeira luta.

- Acho que eu tive muitas coisas, muitos compromissos. A semana tem sete dias, às vezes eu fazia dois treinos na semana, e isso a gente faz em um dia. Então era complicado manter a rotina de treino.

O dia a dia de Rafaela voltou ao habitual neste ano, mas aos poucos. É que em janeiro ela passou por uma cirurgia no cotovelo. Só em maio fez sua estreia na temporada e ficou fora da briga por medalha. No segundo torneio, em julho, o pódio escapou na disputa pelo bronze. Em agosto, o ouro veio com direito a ippon.

- A gente vê que o trabalho está evoluindo. Na primeira não foi, na segunda bati na trave, na terceira foi. Então a gente tenta manter o trabalho, crescendo, evoluindo, para manter esse ritmo para chegar com esse bom desempenho e fazer um bom Mundial.

O caminho da evolução de Rafaela rumo a Baku foi uma reinvenção. A judoca fez mudanças nas suas estratégias de luta e prepara novidades para o Mundial. Tudo para fugir do estudo minucioso que suas adversárias fazem por ela ser a atual campeã olímpica.

- Hoje eu estou trabalhando outras coisas para poder surpreender minhas adversárias, porque elas já estão esperando a Rafaela de 2016. Eu tenho que ter alguma coisa para surpreendê-las em 2018 e, quem sabe, em 2020.