Com Alison e Bruno separados, saiba como ficou a dança das cadeiras do vôlei de praia

Trocas constantes entre as duplas não são novidade no vôlei de praia. As mudanças de parceiros acontecem frequentemente e, muitas vezes, confundem os torcedores, especialmente em situações atípicas como a que aconteceu na última quarta-feira, quando a dupla campeã olímpica Alison e Bruno terminou a parceria. Essa mudança inesperada acabou afetando várias outras formações. Inclusive, a de Evandro e André.

Mesmo com a melhor colocação entre os brasileiros no ranking mundial e a conquista da tríplice coroa na última temporada - Campeonato e Circuito Mundial e Circuito Brasileiro -, André optou por deixar Evandro e seguir a caminhada rumo a Tóquio 2020 ao lado de Alison. O fim da dupla olímpica teve um efeito cascata entre os brasileiros, que trocaram de duplas e terão o primeiro teste nas novas formações em junho, na etapa da República Tcheca do Circuito Mundial. Confira como ficaram as duplas brasileiras.

Pedro Solberg e Bruno Schmidt reeditam a dupla formada em 2006 e 2013. Amigos, o capixaba e o carioca voltarão a lutar por uma vaga olímpica juntos. Em 2006, os atletas formaram um time para o Mundial Juvenil na Polônia e foram medalha de ouro. Depois disso, eles atuaram ao lado de outros atletas e retomaram a dupla na temporada 2012/2013, quando levaram o Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia.

No Circuito Mundial de 2013, os dois ganharam o Grand Slam de Haia e o Grand Slam de São Paulo; foram prata no Grand Slam de Xangai e Grand Slam de Gstaad; bronze no Grand Slam de Roma e no Aberto de Durban (África do Sul); e tiveram outras boas participações em competições internacionais. A comissão técnica será comandada por Renato França, o técnico que comandou o último trabalho de Pedro Solberg ao lado de George.

Alison e André Stein já se conhecem desde o início de André no vôlei de praia. O técnico de Alison, Brachola, foi quem descobriu a jovem promessa no vôlei de quadra e o levou para a praia. Antes mesmo da medalha olímpica na Rio 2016, André já treinava com Alison e Bruno no Espírito Santo. Era quem ajudava nos treinos dos campeões olímpicos e quem convivia mais com a dupla.

Os conhecimentos foram tão absorvidos por André, que ele chegou a bater a dupla Alison e Bruno na última final do SuperPraia - até então eram os únicos campeões. André foi o mais jovem jogador a conquistar um título de campeonato Mundial, aos 22 anos. De olho na evolução de André, que formava a melhor dupla do momento ao lado de Evandro, Alison resolveu fazer o convite ao capixaba, que aceitou a proposta. Os dois serão comandados pela comissão técnica de Leandro Brachola.

Pego de surpresa com a saída de André da dupla, Evandro só quer pensar no futuro e, por isso, já definiu seu novo parceiro: Vitor Felipe. O carioca dono do melhor saque do Circuito Mundial e o paraibano chegaram a jogar juntos de 2012 a 2014, quando conquistaram um ouro no Grand Slam de Berlim e foram campeões da etapa de Vitória do Circuito Brasileiro. A comissão técnica de Evandro seguirá a mesma do projeto com André, com o comando do técnico Ednilson Costa.

Estou mais motivado do que já estava. O projeto rumo a Tóquio continua e o Vitor Felipe está vindo morar de vez aqui no Rio. Já jogamos juntos e temos tudo para dar certo, ainda mais com o trabalho realizado pela comissão técnica, que permaneceu comigo. O que mais queremos é continuar trabalhando muito. Isso que faz a gente ganhar títulos - analisou Evandro.

No "mercado"

Com as mudanças, alguns atletas ficaram sem duplas e estão "disponíveis no mercado". Guto, ex-parceiro de Vitor Felipe, fez um convite para o campeão olímpico Ricardo e está aguardando a definição de novos patrocinadores para confirmar a nova parceria. George, ex-parceiro de Pedro Solberg, ainda não definiu quem será seu novo companheiro. Saymon e Álvaro Filho seguem com a mesma formação.