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Esporte

Compatriota e boa fase de Gilberto tiram espaço de Chavez no São Paulo

Contra o Mirassol, no último sábado, enfim Chavez estava recuperado e pronto para jogar. Mas ai veio outro agravante.

Gazeta Esportiva

21 de Fevereiro de 2017 - 11:00

A temporada de 2017 não começou como Andres Chavez imaginava. Depois de terminar a o ano passado como artilheiro da equipe (atrás apenas de Calleri, que deixou o clube antes) e titular absoluto, o argentino perdeu espaço e já não parece sequer fazer falta para o São Paulo.

Problemas musculares, a boa fase de Gilberto e a contratação de Lucas Pratto dificultaram as coisas para o jogador do Boca Juniors, que tem contrato de empréstimo com o Tricolor até 30 de junho desse ano. Nesta terça-feira, contra o São Bento, pela quinta rodada do Campeonato Paulista, mais uma vez Chavez deve ser apenas um suplente no banco de reservas.

O momento chama atenção principalmente pela comparação com o ano anterior, quando Chavez marcou dez gols em 23 partidas, teve o melhor início de um jogador os últimos dez anos do clube com seis gols em nove jogos e chegou a herdar a música criada pela torcida para Jonathan Calleri. “Toca no Chavez que é gol”, cantaram os torcedores depois de um duelo contra o Figueirense, no Morumbi, em que o argentino anotou dois gols.

Enquanto isso, Gilberto, que já estava no clube, não conseguia aproveitar as oportunidades. No fim do ano, foram apenas dois gols em apenas dez jogos. Nem parece o mesmo centroavante que marcou quatro gols em quatro jogos nessa temporada e tem arrancado elogios de Rogério Ceni.

A situação ficou ainda mais intrigante com a chegada de Lucas Pratto. Reforço caro, badalado, de seleção e que tomou a vaga de titular logo no primeiro jogo em que ficou à disposição da comissão técnica. Com isso, Chavez não só viu sua condição de titular ruir como também agora pode se tornar apenas a terceira opção do técnico para a posição.

A má fase do camisa 9 vem desde a pré-temporada. Nos Estados Unidos, Rogério Ceni escalou Chavez como titular nas duas partidas que a equipe fez, contra River Plate e Corinthians. Em ambas o jogador não foi bem e desperdiçou muitos gols, principalmente na estreia. Para piorar, Gilberto foi o responsável pela cobrança de pênalti que culminou com a confirmação do título em cima do arquirrival.

Após isso, Andres Chavez iniciou apenas o jogo contra o Osasco Audax, pela primeira rodada do Paulistão. O São Paulo foi goleado por 4 a 2, mas os dois gols do time foram marcados pelo centroavante.

O problema é que logo em seguida dores musculares acabaram lhe tirando de combate. Contra o Moto Club, pela Copa do Brasil, Gilberto foi o titular e ainda marcou o único gol do jogo, o gol da classificação. Chavez até entrou no segundo tempo, mas pouco fez.

Em seguida, acabou cortado das partidas contra Ponte Preta e Santos. Sem o artilheiro, o Tricolor venceu bem os dois jogos com três gols de Gilberto, um dos destaques do time nos confrontos.

Contra o Mirassol, no último sábado, enfim Chavez estava recuperado e pronto para jogar. Mas ai veio outro agravante. Seu compatriota Lucas Pratto, considerado a principal contratação do clube, chegou. Ceni bancou o reforço como titular no Morumbi e a resposta veio em um gol com nove minutos de jogo. Chavez sequer entrou e talvez ainda fosse preterido pela opção de Gilberto.

Nesta segunda, Pratto treinou entre os titulares de novo. A realidade é que o ‘ex-xodó da torcida’ terá de se esforçar muito e aproveitar as poucas chances que tiver a partir de agora, seja em jogos ou em treinos, para recuperar parte de seu espaço no time, já que a titularidade não parece algo palpável, e também para não acabar deixando o clube ao fim de seu empréstimo de forma melancólica, no ostracismo, bem diferente do que o jogador já mostrou que pode ser.