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Esporte

Corinthians registra déficit de R$ 170 milhões no ano e vê necessidade de vender jogadores

Clube estima que dívida pode superar R$ 700 milhões ao final desta temporada

Globo Esporte

30 de Outubro de 2019 - 16:15

Se dentro de campo o Corinthians não vai bem, enfrentando um jejum de seis jogos sem vitória, fora dele a situação também é complicada. O clube registra um déficit neste ano de R$ 170 milhões.

O Corinthians não divulga mais seus balancetes financeiros mensalmente, como fez em 2018, mas o GloboEsporte.com apurou que o resultado negativo foi apresentado na noite da última segunda-feira em reunião do Conselho de Orientação (CORI).

Boa parte do déficit vem dos gastos com o futebol. O departamento está no vermelho em R$ 127 milhões.

Já a dívida alvinegra saltou para R$ 691 milhões. O Corinthians estima que ela pode terminar o ano acima de R$ 700 milhões.

– Não posso comentar o que não foi publicado.

Internamente, o clima é de preocupação, embora a expectativa seja de terminar a temporada com um déficit menor. As principais justificativas apresentadas para as contas no vermelho são:

  • Algumas das principais receitas, como as cotas de TV, são pagas no fim do ano;
  • O clube fez investimentos no começo da temporada para contratar jogadores;
  • O Timão não arrecadou nem metade dos R$ 50 milhões previstos no orçamento com vendas de atletas;
  • As receitas de bilheteria seguem sendo destinadas ao pagamento do financiamento da Arena;

Neste cenário, a diretoria vê como necessária a venda de jogadores na próxima janela de transferências. A avaliação é de que o ideal seria fechar os negócios pelo menos até dezembro, para atenuar o resultado negativo deste exercício.

Na reunião da última segunda-feira, Andrés Sanchez afirmou que o clube recebeu propostas para negociar Mateus Vital e Gustagol, mas decidiu recusá-las por entender que elas não eram interessantes na época.

O orçamento do Corinthians para 2019 previa superávit de R$ 650 mil. O CORI discutiu a revisão do documento, mas isso não ocorreu por questões burocráticas, como a falta de pareceres do Conselho Fiscal.