Joia de R$ 60 milhões, atacante da seleção sub-20 relembra “não” do Santos

Ele tem apenas 19 anos e já foi vendido por aproximadamente R$ 60 milhões pelo Sion, da Suíça, para o RB Leipzig, da Alemanha. Revelado pelo Coritiba, Matheus Cunha nunca atuou no time profissional do Coxa - partiu para a Europa antes disso. Um dos destaques na seleção brasileira sub-20, o atacante poderia ter se tornado “Menino da Vila”, caso o Santos o tivesse aprovado no passado. 

Matheus Cunha jogava no futsal do CT Barão, no Recife, quando um olheiro decidiu levá-lo para fazer teste no Santos. Aos 11 anos, o então garoto arrumou as malas e seguiu para tentar realizar o sonho. Mas quando chegou lá... 

"Ele (o olheiro) ficou interessado, gostou muito, e eu lembro que ele falou comigo. Eu fui fazer teste no Santos, era pequeno. Não passei no Santos e voltei para cá (João Pessoa, cidade natal) e continuei jogando em Recife (cidade vizinha), no CT Barão." (Matheus Cunha) 

Em 2013, ele passou por uma nova seletiva, mas no Coritiba, e foi aprovado para fazer parte do time sub-15. No ano passado, com o time sub-19 do Coxa, disputando a Dallas Cup, nos Estados Unidos, chamou a atenção e acertou com o Sion, da Suíça. Matheus Cunha fez a temporada 2017/18 no clube e se tornou o brasileiro com mais gols no campeonato nacional: 10. 

O desempenho no Sion chamou a atenção do RB Leipzig, que comprou uma das joias do Brasil por 15 milhões de euros. O jogador assinou um contrato até 2023 e está tendo a chance de disputar uma das principais competições do mundo: a Bundesliga, que é a principal competição da Alemanha. 

- Momento único. Gigante do futebol, que disputou recentemente a Liga dos Campeões. Chegou já na semifinal da Liga Europa. Clube gigante, onde quero muito desfrutar de cada momento do Campeonato Alemão. É um dos melhores campeonatos do mundo - comemorou. 

O paraibano vive um grande momento. Convocado para uma série de três amistosos com a seleção brasileira sub-20, no México, que serve de preparação para o Mundial da categoria em 2019, Matheus Cunha deixou boa impressão. No segundo jogo, o empate em 1 a 1 com o Japão, o atacante marcou de pênalti. 

- Fiz o meu melhor. Espero que tenha sido uma boa coisa para o grupo, uma boa coisa como profissional. Acredito que consegui fazer meu máximo. Era o meu sonho desde criança servir ao meu país, a seleção brasileira - finalizou.