Esporte
Os cinco passos da queda: saques na rede, erros em série e adeus precoce
Seleção comandada pelo técnico Zé Roberto Guimarães perde por 3 sets a 2 para a China e dá adeus à Olimpíada do Rio de Janeiro em pleno Maracanãzinho
Globo Esporte
17 de Agosto de 2016 - 10:37
A vaga na semifinal da Olimpíada parecia estar nas mãos da seleção feminina de vôlei, mas em pouco tempo escapou pelas mãos. As meninas comandadas por Zé Roberto Guimarães e toda a torcida no Maracanãzinho pareciam não acreditar, mas, sim, o Brasil foi eliminado para a China nas quartas de final. Perdida em erros, a equipe, uma das favoritas ao ouro, se despediu dos Jogos do Rio na noite de terça-feira. Um adeus antes da hora.
Ainda no primeiro set, vencido pelo Brasil por 25/15, a seleção começou a dar sinais de nervosismo, apesar do bom desempenho. Em um lance isolado, Natália e Léia "bateram cabeça" e desperdiçaram um ponto. Depois, a chinesa Ting Zhu cresceu, os bloqueios brasileiros pararam de funcionar e os saques, antes aliados, viraram adversários. A vaga escapou pela ponta dos dedos.
Veja cinco passos do Brasil rumo à queda contra a China:
BATENDO CABEÇA
A ponteira e a líbero brasileiras se atrapalharam em um lance na defesa. Depois de Léia fazer a defesa, Natália pareceu ir em direção à bola, mas não foi. Aí, as duas acabaram deixando as chinesas marcarem um ponto e ficaram sem reação.
TING ZHU
A chinesa estava bem até quando suas companheiras não conseguiam acompanhar seu ritmo. Quando a China melhorou, então, ela não deu chance para as brasileiras. Ting Zhu fez 28 pontos nos cinco sets e foi a maior pontuadora da partida. A levantadora Dani Lins até citou a adversária após a eliminação brasileira.
- A chinesa resolveu jogar. Sabíamos que seria um jogo difícil. Não podíamos errar. O saque parou de funcionar disse.
BLOQUEIOS
No primeiro set, o Brasil foi superior nos bloqueios e isso fez com que a China não tivesse chances de surpreender. Depois disso, porém, as adversárias pareciam ter encontrado o caminho para não encarar as defensoras brasileiras. Mesmo assim, as meninas comandadas por Zé Roberto Guimarães bloquearam mais do que as chinesas: 12 a 9.
SAQUES
Outro detalhe importante que também pesou na derrota brasileira foi o saque. Se no início do jogo o fundamento era quase perfeito, tudo foi por água abaixo nos sets seguintes. A defesa chinesa também melhorou bastante e complicou o serviço do Brasil. Sem acertar o ataque, as meninas começaram a se complicar para defender também. No tie-break, foram dois erros cruciais no fundamento.
ABALO EMOCIONAL
Quando o jogo começou a não encaixar, e a China passou a ganhar confiança, as brasileiras pareciam sentir que algo não estava certo. A todo momento, as mais experientes, como Fabiana e Sheilla, pediam calma e diziam que ainda dava para virar. As meninas também não paravam de olhar para as arquibancadas do Maracanãzinho e pedir apoio. Era nítido o nervosismo em quadra. Se conseguiam um ponto perdido, cometiam um erro bobo logo na sequência. No fim, apesar da luta, o adeus foi inevitável.




