Para Guilherme, críticos de seu empenho “não estão vendo o jogo

Guilherme não é exatamente o protótipo do maloqueiro e sofredor apreciado pelos torcedores do Corinthians. Eis um dos motivos pelos quais boa parte da Fiel não está satisfeita com seu início em preto e branco, mas críticas nesse sentido incomodam o meio-campista.

“Então, não estão vendo o jogo que estou jogando”, respondeu o atleta, que não consegue falar duas frases sem ser questionado sobre seu novo posicionamento. No 4-1-4-1 de Tite, ele tenta fazer a função que era de Renato Augusto e tem responsabilidades defensivas maiores do que aquelas às quais está habituado.

“Estou incluindo essa parte física, de dinâmica, de carrinho. Uma coisa que não podem falar é que não estou fazendo isso. Estou fazendo, sim. Estou correndo e me dedicando. Agora, não sou um marcador nato. Estou me adaptando a uma função nova”, acrescentou o camisa 10.

O que Guilherme não pretende fazer é dar demonstrações de raça puramente para ganhar moral com a massa. Atirar-se na direção da bola quando ela está claramente fora do alcance – especialidade de Marcelinho, um dos maiores ídolos da história do Corinthians – está fora de cogitação.

“Não dou carrinho para fazer graça. Eu jogo futebol. Não faço esse negócio de, com a bola lá nas placas, dar carrinho. Não faço teatro. Mas o carrinho eu dou, sim. Para roubar a bola, para ajudar na marcação. Só que minha primeira preocupação vai ser sempre atacar, porque é o que de melhor sei fazer”, concluiu o maranhense.