Robert Kubica garante estar pronto para correr caso Williams o convoque

A volta de Robert Kubica às corridas está mais próxima do que nunca. A iminente transferência de Lance Stroll para a Force India - que foi comprada pelo pai Lawrence - faria com que o polonês, hoje reserva da equipe, assumisse a vaga. Nesta sexta-feira, o indiano Karun Chandhok, que trabalha como comentarista de TV e pilota carros antigos da Williams em eventos, comentou - sem saber que suas imagens e áudio estavam sendo vazados - que Stroll já pilotará pela Force India no GP de Singapura, em setembro, e que Kubica entraria em seu lugar imediatamente. Enquanto a confirmação dessa operação não vem, o polonês se diz preparado para correr. 

- Eu me sinto pronto porque senão eu não assinaria um contrato com a Williams para este ano Então é na minha mesa que: "Você tem de continuar pronto e, caso algo aconteça, você tem de se levantar". Claro, não é fácil quando você tem de dirigir contra os melhores pilotos no meio da temporada. Embora eu tenha algumas oportunidades para pilotar o carro, você ainda não tem experiência, mas precisa fazê-lo - disse o polonês em Spa-Francorchamps. 

Kubica, vale lembrar, tem sérias limitações no braço direito, quase amputado num acidente de rali em 2011. Só em 2017 ele voltou a pilotar carros de F1, primeiro em testes pela Renault e depois em treinos pela Williams, e foi cogitado para voltar a correr este ano pela equipe inglesa. Mas o russo Sergey Sirotkin, com um forte aporte de seus patrocinadores, ficou com a vaga, e Kubica passou a atuar em treinos e testes. O polonês participou de parte da pré-temporada e andou nos treinos de sexta-feira na Espanha e Áustria, além de ter feito treinos na semana seguinte ao GP da Hungria. 

Caso volte a correr em Singapura, será justamente na pista mais exigente do campeonato, já que o traçado nas ruas da cidade-estado tem 5.063 metros e 23 curvas, a maioria absoluta fechadas. Além disso, pela baixa velocidade média da pista, a corrida é a de maior duração do campeonato - em dez edições da prova, nunca houve uma corrida completada abaixo de 1h55. Nada que preocupe Kubica: 

- As limitações que tenho não me impedem de pilotar num bom ritmo. No fim, quando disse que poderia pilotar, quis dizer por toda a temporada. Sei que passei por testes diferentes. Primeiro com a Renault e depois com a Williams. Estou confiante de que posso fazê-lo. 

Quanto à especulação de que voltará a correr, o polonês disse preferir não se preocupar. Apenas reiterou que nem ele nem a Williams têm dúvidas de que será possível cumprir seu trabalho caso seja efetivado como titular. 

- Também acho que quando a Williams se aproximou de mim para este papel, eles também não tínham dúvidas de que eu posso fazer isso. Mas o que está acontecendo atualmente e essa especulação não estão afetando a mim. Estou fazendo o meu trabalho e, depois, o que o futuro trará, vamos ver. Às vezes você tem que estar no lugar certo no momento certo com um pouco de sorte e ter pessoas que estão acreditando em você - finalizou.