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Esporte

Último sobrevivente ainda internado, Follmann deve ter alta na terça-feira

Segundo hospital, goleiro deve participar de coletiva antes de saída. Previsão é ir de 30 de janeiro para SP colocar prótese

Globo Esporte

23 de Janeiro de 2017 - 10:11

O goleiro Jackson Follmann, único dos seis sobreviventes o acidente aéreo com a delegação da Chapecoense que ainda está internado, deve receber alta médica nesta terça-feira (24), informou o Hospital Unimed, de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina.

A tragédia resultou na morte de 71 pessoas na madrugada de 29 de novembro na Colômbia.

"Em caso de confirmação da alta, haverá uma entrevista coletiva às 11h no auditório da Unimed e, logo depois, o jogador deixará o estabelecimento de saúde", informou o hospital, em nota.

O planejamento é ir no dia 30 para São Paulo, onde colocará uma prótese na perna direita.

Último sobrevivente ainda internado, Follmann deve ter alta na terça-feira

Follmann durante entrevista para o Fantástico (Foto: Rede Globo/Reprodução)

No sábado (21), o jogador esteve presente na Arena Condá para acompanhar o primeiro jogo oficial da Chapecoense depois da tragédia. 

"Para mim, é muito importante. Era o que eu sabia fazer. Fico muito emocionado, muito feliz. Esse carinho, a gente sabe que é de coração mesmo. Agora a vida segue. Tenho certeza de que a gente vai fazer coisas muito grandes, para a gente e para as outras pessoas. A gente quer, pelo menos, acrescentar algo à vida de outras pessoas", disse.

Follmann está internado em Chapecó desde 17 de dezembro. A cirugia mais recente a que o atleta foi submetido ocorreu em 10 de janeiro, quando foi colocado enxerto de pele no tornozelo esquerdo. 

Planos

Em entrevista ao "Fantástico", o goleiro falou pela primeira vez sobre a tragédia." Eu lembro quando o avião se desligou, as luzes se apagaram. Vi que alguma coisa estava errada. O avião não chegou a cair. Depois que desligou ele começou a flutuar devagar. No momento do choque eu não lembro, eu apaguei. Foi muito rápido. Lembro de ter acordado (antes do resgate), sim. Abri os olhos, estava muito escuro, estava muito frio. Eu tremia de frio. Eu gritava "socorro, eu não quero morrer". Alguns dos amigos, que ainda estavam vivos, também gritavam. Eu ouvi o resgate chegando gritando polícia nacional", disse.

Follmann acordou quatro dias depois, com a família no quarto do hospital em Medellín. Agora, ele faz planos para quando estiver totalmente recuperado. "Quando voltar para a minha vida normal, pode ter certeza que a gente vai casar", declarou ao "Fantástico".