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Lula não quer 'remoer' crise com militares, e defende punições

A equipe do presidente diz que o tom dessa abordagem é separar as Forças Armadas.

G1

18 de Janeiro de 2023 - 09:53

 Lula não quer 'remoer' crise com militares, e defende punições
Presidente Lula. Foto: Divulgação.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não quer prorrogar a crise com militares e vai focar sua agenda com as Forças Armadas na modernização e na inovação das corporações. Segundo assessores, Lula "não vai ficar remoendo o que aconteceu no dia 8 de janeiro e envolveu militares".

Para isso, vai tratar as Forças Armadas como uma instituição. A equipe do presidente diz que o tom dessa abordagem é separar as Forças Armadas, como órgãos, dos militares que se envolveram nos atos golpistas.

“Uma coisa são as Forças Armadas como instituição, que o presidente quer modernizar. Outra são os militares que erraram e terão de responder pelo que fizeram”, diz um auxiliar sobre a posição do chefe.

Nesta terça-feira (17), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, almoçou com o ministro da Defesa, José Múcio, e os três comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica. Governo exonera mais de 40 militares que trabalhavam nas residências oficiais da presidência

No encontro, eles não trataram dos episódios golpistas que aconteceram em Brasília nas últimas semanas. Discutiram os projetos de inovação das Forças Armadas solicitados no ano passado por Lula aos comandantes.

A ideia é que o ministro José Múcio e os três comandantes se reúnam com o presidente Lula na sexta-feira (20) para que eles apresentem diretamente ao presidente esses projetos. A estratégia é focar no futuro da relação entre o presidente e os militares, buscando valorizar a atuação deles na defesa da soberania e das fronteiras do país.