INTERNACIONAL
Israel rejeita acusações de genocídio em Gaza feitas por comissão da ONU
Relatório cita exemplos do crime como escalada dos assassinatos, bloqueios de ajuda humanitária e deslocamento forçado.
CNN Brasil
16 de Setembro de 2025 - 13:33

Daniel Meron, embaixador de Israel na ONU (Organização das Nações Unidas), rejeitou categoricamente, nesta terça-feira (16), as conclusões da Comissão de Inquérito das Nações Unidas de que o país cometeu genocídio em Gaza, classificando-as como um “discurso difamatório”.
A comissão concluiu nesta terça-feira que Israel comete genocídio na Faixa de Gaza e que autoridades israelenses de alto escalão, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, incitaram esses atos.
Meron chamou o relatório de “escandaloso” e “falso”, afirmando que se baseava em “estatísticas enganosas e previsões apocalípticas infundadas baseadas em dados frágeis”.
O relatório do comitê, que é resultado de uma investigação, cita exemplos da escalada dos assassinatos, bloqueios de ajuda humanitária, deslocamento forçado e destruição de uma clínica de fertilidade para corroborar a acusação de genocídio, somando-se a grupos de direitos humanos e outros que chegaram à mesma conclusão.
Israel, que acusa a comissão de ter uma agenda política contra Israel e de se desviar de seu mandato, recusou-se a cooperar com ela. A análise jurídica de 72 páginas da comissão é a conclusão mais contundente da ONU até o momento, mas o órgão é independente e não representa oficialmente as Nações Unidas.
A ONU ainda não utilizou o termo genocídio, mas está sob crescente pressão para utilizar.




