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Mato Grosso do Sul

MS é o 2º estado do Brasil em número de assassinatos de indígenas em 2021

Relatório Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil foi divulgado nesta quarta-feira.

G1 MS

18 de Agosto de 2022 - 09:25

MS é o 2º estado do Brasil em número de assassinatos de indígenas em 2021
Relatório traz dados referentes a 2021. — Foto: Divulgação/Cimi

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) divulgou, nesta quarta-feira (17), o Relatório Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil. Segundo o documento, Mato Grosso do Sul é o segundo estado com maior número de indígenas assassinados em 2021, ficando atrás apenas do Amazonas.

No ano passado, 176 indígenas foram assassinados em todo o país, com base em dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) de cada estado. Amazonas é o primeiro colocado, com 38 assassinatos, seguido de Mato Grosso do Sul, com 35 casos, e Roraima, com 32 homicídios.

Os três estados também registraram a maior quantidade de assassinatos em 2020 e em 2019, aponta o Cimi.

Suicídio

Mato Grosso do Sul também está na segunda colocação referente a suicídios, com 35 ocorrências. Novamente, Amazonas ocupa o primeiro lugar, com 51 casos, e Roraima, com 13 suicídios. No Brasil, foram registrados 148 suicídios no ano passado.

Violência sexual

Mato Grosso do Sul foi o estado com maior registro de violência sexual contra indígenas, em 2021, de acordo com o Cimi. Dos 14 casos registrados, seis foram no estado.

Roraima é o segundo estado, com 3 registros, e Mato Grosso, Amapá, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul registraram um caso cada.

O relatório cita dois casos ocorridos em agosto de 2021, em Mato Grosso do Sul.

No dia 9, uma garota de 11 anos foi estuprada coletivamente e morta ao ser jogada de uma pedreira, com mais de 20 metros, em Dourados (MS), de acordo com a polícia. Cinco pessoas confessaram o crime, entre três adolescentes e dois adultos, incluindo um tio da vítima.

Já no final de agosto de 2021, uma idosa, de 100 anos, foi vítima de um estupro, em uma comunidade indígena, em Amambaí (MS). A mulher, que é deficiente visual, disse à polícia que a ocasião não seria a primeira vez que o autor do crime, de 41 anos, teria a abusado. Ele responde por estupro de vulnerável.