Mato Grosso do Sul
Onça que matou caseiro vai ao Bioparque após tratamento
Com sérias complicações de saúde e sem condições de se manter, onça viverá em cativeiro.
Midiamax
02 de Maio de 2025 - 09:31

Animais resgatados pelo Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), em Campo Grande (MS), e impossibilitados de retornar à natureza costumam ir para o Bioparque Pantanal após o período de recuperação. Foi assim com a loba Delinha, a jiboia Rachel Carson, a píton albina Capitu e tantas outras diversas espécies que ganharam acolhimento no complexo após passarem por atendimento no órgão.
Há uma semana, o Cras de Campo Grande recebeu uma onça-pintada capturada no pesqueiro Touro Morto, no pantanal sul-mato-grossense. O animal é suspeito de ter atacado e devorado o caseiro Jorge Ávalo, em caso extraordinário envolvendo a espécie, e muita gente quer saber onde ele vai morar quando estiver devidamente reabilitado.
Seria o Bioparque Pantanal o destino do felino, seguindo a sina das cobras resgatas de um circo e da loba salva de um incêndio?

Onça ficará em cativeiro até o fim de seus dias
O que se sabe até então é que, assim como os demais animais mencionados, a onça-pintada suspeita de matar Jorginho não voltará para a natureza. Enfrentando sérias complicações de saúde e sem condições de se manter em seu habitat de origem, o felino viverá em cativeiro até o fim de seus dias.
Agora monitorado pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), “o animal deverá ser destinado a uma instituição mantenedora de fauna apta a recebê-lo”, conforme informado pelo órgão ambiental em nota.

Em Mato Grosso do Sul, o Bioparque Pantanal é uma das principais instituições mantenedoras de fauna e já está habituado a receber exemplares vindos do Cras. Questionado pelo Jornal Midiamax se há alguma possibilidade de abrigar a onça-pintada quando ela estiver em plena saúde, o complexo responde:
“O Bioparque Pantanal informa que não recebeu nenhuma demanda formal relacionada ao acolhimento de onça-pintada. De acordo com as normativas, os nossos recintos não comportam animais do porte da onça-pintada, o que contrariaria nossas normas de bem-estar animal“, esclarece o empreendimento, salientando que o felino não deverá ser realocado no local em Campo Grande.




