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Mundo

Hamas ameaça matar reféns civis se Israel fizer novos ataques

Quase 74 mil pessoas estão agora em 64 abrigos.

Ana Ostapenko, FCMS

09 de Outubro de 2023 - 15:56

Hamas ameaça matar reféns civis se Israel fizer novos ataques
Polícia Israelense publica vídeo do momento da libertação de reféns do HamasPolícia de Israel

Após contra-ataques militares promovidos por Israel, o grupo islâmico Hamas, classificado pelos Estados Unidos e pela União Europeia como grupo terrorista, disse nesta segunda-feira (9) que começará a executar um refém civil a cada novo bombardeio israelense contra casas de civis sem aviso prévio.

O porta-voz do Hamas, Abu Obaida, disse que eles têm agido de acordo com as instruções islâmicas, mantendo os prisioneiros israelenses sãos e salvos, e a ação anunciada é uma consequência do aumento dos bombardeios e assassinatos de civis dentro de suas casas em ataques aéreos por Israel.

Israel retomou controle de áreas perto de Gaza

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), o almirante Daniel Hagari, declarou que as tropas israelenses retomaram o controle de todas as comunidades ao redor da Faixa de Gaza. Segundo ele, não há mais combates entre as FDI e o Hamas.

O número de mortos aumenta na medida em que os combates se intensificam — os números de domingo saltaram para mais de 430 em Gaza, com cerca de 2.200 feridos, segundo o Ministério da Saúde palestino em Gaza; e mais de 700 mortos em Israel, segundo a FDI. Na cidade de Gaza, um campo de refugiados palestinos foi atingido por ataques aéreos de Israel nesta segunda-feira.

“Eles nos atingiram sem qualquer aviso. Era um [avião] F-16. Não houve aviso, nada. E você pode ver a destruição, veja por si mesmo”, disse à Reuters um homem não identificado no campo de refugiados de Shati.

Dezenas de milhares de pessoas foram deslocadas em Gaza enquanto a FDI continua a atacar as posições do Hamas na faixa, segundo a Agência de Assistência e Obras das Nações Unidas (UNRWA, na sigla em inglês) no domingo. Quase 74 mil pessoas estão agora em 64 abrigos da UNRWA, afirma a declaração da agência.