Policial
Ciúme doentio e vingança foram causas de incêndio que matou três no Colúmbia
7 pessoas já prestaram depoimentos à polícia. Algumas delas relataram que o relacionamento dos 2 era marcado por brigas
Campo Grande News
05 de Novembro de 2014 - 09:33
Vingança e ciúme foram às motivações para o incêndio criminoso que terminou com três mortes ocorridas em uma casa no Jardim Colúmbia, em Campo Grande. A informação é da delegada da DEAM (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) Franciele Candotti, responsável por investigar o caso.
De acordo com Candotti, o suspeito de ter cometido o crime, Adriano Espinosa, 27 anos, tinha ciúme doentio da mulher, Edna Rodrigues de Souza, 33 anos, e não gostava que ela se relaciona-se com Hélio Queiroz Neres, 37 anos, que morreu em decorrência do incêndio. Ele era o dono da casa. O suspeito não queria que a mulher ficasse bebendo na casa de Hélio e para se vingar ateou fogo no local, explicou a delegada. O crime aconteceu no dia 13 de outubro em uma residência na Rua Uruana.
Sete
pessoas já prestaram depoimentos à polícia. Algumas delas relataram que o
relacionamento de Edna e Adriano era marcado por brigas, principalmente por
conta de ciúmes da parte dele. Eles estavam juntos há três anos
Edna conseguiu sobreviver ao incêndio e está internada desde o dia 14 de
outubro na Santa Casa. Ela sofreu várias queimaduras pelo corpo, chegou a ficar
na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), mas agora se recupera na enfermaria.
Além de Hélio, morreram em decorrência no incêndio Lucinda Ferreira Torres, 41 anos e Daniel Cândia, 38 anos. A mulher morreu no local do crime à principio asfixiada com a fumaça. Já Daniel sofreu queimaduras pelo corpo, foi socorrido com vida até a Santa Casa, mas acabou não resistindo aos ferimentos e morreu ontem.
A delegada aguarda o laudo pericial do local do crime e o que causou a morte das vítimas.
Conforme a delegada, o suspeito usou combustível para atear fogo no local e, como todas as janelas da casa tinham grades, as vítimas não conseguiram sair a tempo de dentro do imóvel. Como o forro era de madeira, as chamas se alastraram muito rápido e impediu que as vítimas tivessem uma reação.
Um advogado, representando o suspeito, chegou a entrar a entrar em contato com a delegada, informando o interesse do seu cliente de se apresentar, porém ainda não o fez. Adriano já é considerado foragido.