Policial
Comércio de CDs e DVDs piratas e cigarros do Paraguai corre livre em Três Lagoas
Ainda segundo o fiscal, a multa é de 100 Unidades Fiscais do Município (Ufms) para o comerciante que for pego realizando essa atividade.
Midiamax
25 de Julho de 2011 - 09:53
Após a proibição da venda de DVDs e CDs piratas e cigarros do Paraguai aos comerciantes do Shopping Popular de Três Lagoas, basta percorrer as ruas da cidade para encontrar novos pontos de venda. Com apenas dois fiscais municipais, para atuar no combate a esse tipo de comércio ilegal, é notável o crescimento dessa atividade.
Atualmente realizamos esse tipo de fiscalização em dias pré-determinados. Quando um de nós dois encontra comércio de DVDs e CDs pirateados e cigarros do Paraguai, notificamos o proprietário e recolhemos esse material. Precisaríamos de mais apoio para frear essa comercialização ilegal. Já solicitamos reforço no Departamento de Desenvolvimento Econômico, ao qual somos vinculados, explicou o fiscal da Prefeitura, Yuri Batista.
Ainda segundo o fiscal, a multa é de 100 Unidades Fiscais do Município (Ufms) para o comerciante que for pego realizando essa atividade.
Porém o problema não se resume apenas na venda de produtos ilegais, em quase todas as ocasiões o estabelecimento também não tem licença para funcionar. Diante dessa situação, lacramos o local e imputamos a multa.
Revolta
Para a presidente da Associação do Shopping Popular, Sandra de Oliveira, a revolta dos comerciantes daquele local é justificável diante da falta de providências imediatas para coibir a venda de DVDs, CDs piratas e cigarros do país vizinho.
Na semana anterior, nós, da Associação, notificamos 10 proprietários de lojas no Shopping por essa venda ilegal, mas lá fora parece que não tem ninguém para frear esse tipo de comércio. Em cada esquina de Três Lagoas há CD, DVD e cigarro ilegal à venda. Dessa forma, os comerciantes daqui se sentem revoltados e questionam porque estão pegando no pé só das lojas no Shopping Popular, relatou Sandra.
A comerciante Edlaine Cristina Arruda, que atuava no antigo Camelódromo vendendo esses tipos de produto e hoje vende óculos, relógios e bonés no Shopping Popular disse que os valor comercializado fica muito aquém do que conseguia anteriormente.
O que eu ganhava em uma semana vendendo DVD, CD e cigarro nem em um mês de venda desses novos produtos eu consigo. Por semana, eram uns mil DVDs. Estamos tentando nos adaptar, mas os clientes ainda procuram bastante, contou a micro-empresária, cujo estabelecimento é regularizado.
A vendedora das duas únicas lojas de venda de DVD e CD originais no Shopping, Maiara Rodrigues, alega que a procura por esse tipo de produto é baixa devido ao preço mais elevado.
Ainda está difícil vender porque o três-lagoense acostumou a comprar os piratas por um preço bem reduzido. Dizem que não compensa adquirir o original, pois as cópias são de boa qualidade e custo baixo. Antes, no antigo Camelódromo, vendíamos 70% a mais do que aqui.
Em todas as demais lojas, que antes realizavam esse tipo de comércio ilegal, a pergunta dos comerciantes é sempre a mesma. Se na rua pode porque aqui é proibido?




