Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Sexta, 26 de Julho de 2024

Policial

Cunhado de Marelly se apresenta à polícia neste momento

Defesa deve entrar com pedido de liberdade no início da semana que vem

MS Record

14 de Julho de 2011 - 11:25

Hugleice da Silva, cunhado de Marielly Barbosa Rodrigues, de 19 anos, se apresenta neste momento (14) na Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos (Derf) da Capital. Ele é acusado de participação no desaparecimento e morte da jovem e teve a prisão temporária decretada na terça-feira (12).

Segundo o advogado de defesa, José Roberto Rodrigues, Hugleice só não havia se entregado até o momento porque ele é gerente da empresa onde trabalha e tem que se organizar para se afastar.

Ainda segundo ele, a mudança do local de apresentação apra a Derf aconteceu para preservar o cliente.

A prisão temporária foi decretada na terça. Além do cunhado, também foi decretada prisão do suposto enfermeiro, Jodimar Ximenes Gomes, que se apresentou na manhã de ontem (13), na Polícia Civil de Sidrolândia, município localizado a 64 quilômetros de Campo Grande.

José ainda disse que o pedido de prisão foi decretada sem necessidade, já o cliente já estava contribuindo com as investigações. "Se em quatro dias ele não for liberado, entraremos com pedido de liberdade", declarou o advogado.

Investigações

Após três semanas desaparecida, Marielly Barbosa Rodrigues foi encontrada morta em um canavial em Sidrolândia, no dia 11 de junho.  O corpo já estava em estado de decomposição.

A jovem, que estava grávida, teria realizado um aborto e teria morrido por complicações. Um técnico em enfermagem que se apresentou como podólogo e o cunhado de Marielly foram considerados suspeitos de envolvimento no crime.

A Polícia investiga se uma casa clandestina de aborto funcionava em Sidrolândia. Se confirmado que a casa foi o local onde teria sido realizado o aborto de Marielly, os responsáveis responderão por homicídio, ocultação de cadáver e por terem feito o aborto.

Causa da morte

No último dia 21 de junho, a Polícia Civil realizou uma entrevista coletiva, na qual divulgou resultados de laudo pericial realizado no corpo da jovem Marielly.

Um exame de gravidez foi apresentado à Polícia pela mãe da vítima, que não sabia do fato. De acordo com delegado que preside as investigações, Fabiano Nagata, a mãe só tomou conhecimento da gravidez quando encontrou o exame nos pertences da filha.

O exame havia sido realizado no dia 28 de fevereiro e já indicava que Marielly estava grávida de duas a três semanas. Mas os laudos periciais não apresentaram nenhuma evidência de gravidez.

Segundo o médico-legista Ronaldo Rosa, “a massa encontrada na região pélvica não apresentou nenhum material que indicasse a presença de um feto”, explicou.

Ronaldo ainda disse que o raio-x da bacia também deixou claro que não a vítima não estava mais grávida. “A partir da 16ª semana é possível identificar pela radiografia a gravidez, e o material deixa claro que ela não estava mais grávida”, conclui.