Policial
Delator de escândalo sexual envolvendo políticos pode ir para prisão domiciliar
Fabiano deve ser beneficiado pela delação premiada que, segundo o advogado Hamilton Ferreira de Almeida, pode render frutos para a investigação policial do caso.
Midiamax
01 de Outubro de 2015 - 09:53
Fabiano Viana Otero, preso desde maio deste ano sob suspeita de ser o mentor do escândalo sexual envolvendo os ex-vereadores Alceu Bueno e Robson Martins e o ex-deputado estadual Sérgio Assis, pode ir para prisão domiciliar ainda nesta quinta-feira (1º). Fabiano deve ser beneficiado pela delação premiada que, segundo o advogado Hamilton Ferreira de Almeida, pode render frutos para a investigação policial do caso.
Segundo o advogado, o Ministério Público opinou favoravelmente ao caso, que deve ser julgado ainda nesta quinta-feira. De acordo com Hamilton, houve um acordo da delação, para que Fabiano pudesse ser beneficiado após prestar os depoimentos. Ele iria para a prisão domiciliar, mas o prazo para que isso ocorresse já expirou. Havia uma data prevista para ele sair, mas já venceu. A delação premiada, que na verdade se chama 'colaboração premiada', vai render resultados favoráveis para meu cliente e para a investigação, diz.
Hamilton lembra que este foi o primeiro caso de delação premiada em Mato Grosso do Sul. A defesa entende que muitos frutos serão colhidos da delação e o juiz vai conceder os benefícios, afirma. Ele ainda diz que não há previsão para a pena de Fabiano, mas adianta que a delação pode resultar na prisão de outros envolvidos no escândalo. Pode até haver pedido de prisão a partir da denúncia do meu cliente e isso é muito bom para a defesa, contou ao Jornal.
Relembre o caso
Robson Leiria Martins foi preso no dia 17 de abril ao ser flagrado no estacionamento de um supermercado extorquindo R$ 15 mil do então ex-vereador Alceu Bueno (sem partido, ex-PSL). O dinheiro seria para impedir a divulgação de vídeos nos quais Alceu aparecia praticando sexo com adolescentes.
O material seria parte de um esquema de exploração sexual das jovens, que registravam os encontros com figuras públicas em câmeras escondidas, para extorqui-los depois.
Após a revelação do caso, que chegou ao conhecimento da polícia, Alceu Bueno renunciou ao cargo de vereador. Além dele, o ex-deputado estadual Sérgio Assis (sem partido, ex-PSB) também foi indicado por favorecimento à exploração sexual no caso.