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Policial

Empresário deixa cartão de visita com bilhete após batida em carro

Bilhete e cartão foram deixados na porta do carro, em shopping na capital. Família do carro batido ficou surpresa com atitude e ligou para empresário

G1 MS

20 de Outubro de 2015 - 09:29

Encontrar o carro danificado no estacionamento do shopping é uma surpresa desagradável que ninguém quer, mas achar um bilhete de quem bateu é quase um milagre. Foi o que aconteceu no último fim de semana com a família de Jaline Kobayashi em um shopping em Campo Grande.

Empresário deixa cartão de visita com bilhete após batida em carroEla e a mãe estavam no estacionamento do shopping esperando a irmã quando encontraram o bilhete no carro. “Entramos em contato com o motorista. A gente questionou, a gente falou o que passou na sua cabeça pra querer arrumar, o que você fez e ele falou assim: pra mim isso é normal", explicou.

O corretor Thiago Barcelos de Alencar diz que escreveu o bilhete porque não achou justo causar prejuízo para alguém e não ajudar.

"Me senti melhor, me senti tranquilo. Sai para passear com a minha esposa no shopping e saber que eu prejudiquei alguém sem a pessoa ter culpa de nada, bati no carro dela, deu um prejuízo para alguém, por um erro meu, como é que eu ia ficar tranquilo, apesar de ser uma batida simples, mas a pessoa não tem culpa de nada. Fiz porque achei que era o certo, para ficar com a consciência tranquila", explicou.

A atitude do motorista surpreendeu a família e foi vista como prova de honestidade, mas para o autor do bilhete, a atitude foi simples. Ele também teve o carro arranhado na batida. “No estacionamento com tanto de carro que tem, com fluxo de pessoas que tem lá, a gente não ia nem conseguir suspeitar quem seria, mas graças a Deus não foi quase nada e ele deixou o contato ainda por cima”, avaliou.

Outro exemplo de honestidade é do comerciante Roberto Ribeiro, dono de um bar na capital. Ele já encontrou carteira com R$ 350, bolsa, celular. Até cachorro perdido ele já cuidou esperando o dono aparecer. "Até já tentaram recompensar, mas a gente não aceita, porque não fazemos isso por recompensa, fazemos porque é obrigação nossa", ressaltou.

"Só de ver uma pessoa voltar aqui para procurar um pertence que esqueceu e ver a pessoa alegre por ter recebido de volta, isso aí me faz contente, me feliz", finalizou.