Policial
Exército põe 7 mil homens para vigiar fronteira de MS ao RS
Por motivos estratégicos, a operação não tem data para acabar. O objetivo é combater o crime na região
Estadão
17 de Setembro de 2011 - 10:20
O Brasil vai colocar 7 mil homens no patrulhamento dos seus 3,5 mil quilômetros de fronteira com o Uruguai, Argentina e Paraguai durante a Operação Ágata 2. A movimentação começou discretamente e, ontem, tornou-se ostensiva. Por motivos estratégicos, a operação não tem data para acabar. O objetivo é combater o crime na região.
Na sexta-feira a fronteira do Brasil, do Chuí (RS) a Corumbá (MS) ficou "fechada", segundo informou o general Carlos Bolivar Goellner, comandante militar do Sul, ao apresentar a operação à imprensa.
Logo depois, ele explicou que usou o termo fechada para informar que foram instalados postos de controle e fiscalização em toda a faixa abrangida pela operação. As vias principais, os pontos focados pela inteligência, aqueles locais mais previsíveis estarão sendo monitorados, destacou. E onde não tivermos tropas serão monitorados pela inteligência.
Assim como a Ágata 1, ocorrida em agosto na Amazônia, a nova operação faz parte das ações do Plano Estratégico de Fronteira, instituído por decreto presidencial com a previsão de estabelecer uma coordenação conjunta e consensual para atuar nas áreas limítrofes do País.
A Ágata 2 vai levar equipes do Exército, Marinha e Aeronáutica, da Agência Brasileira de Inteligência, das polícias Civil e Militar do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul, da Receita Federal, da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para pontos de passagem terrestres, lacustres e fluviais.
Os grupos trabalharão integrados, sob coordenação de um comando central, em Porto Alegre, para detectar e impedir tráficos de drogas, armas e animais, contrabando de mercadorias, destruição ambiental e ilícitos fiscais, entre outros crimes típicos de regiões fronteiriças.




