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Policial

Fuga de “maníaco” não motiva reforço na segurança das Uneis

Quando praticou os crimes, Maníaco da Cruz -apelidado em razão de deixar suas vítimas em forma de cruz – tinha 16 anos.

Dourados Agora

19 de Março de 2013 - 13:44

A fuga do jovem Dionathan Celestrino, 21 anos, conhecido como ‘maníaco da cruz’, não motiva a Superintendência Sócio Educativa a tomar medidas de prevenção sobre novas evasões. O jovem fugiu da Unidade Educacional de Internação (Unei) de Ponta Porã, no último dia 3 de março. Dionathan está sendo procurado pelas autoridades.

De acordo com o superintendente de Assistência Sócio educativa da Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, Hilton Vilassante, a segurança continuará nos mesmos moldes porque “a Unei é uma unidade sócio educativa, diferente de uma prisão”, destaca.

Segundo ele, apesar de não justificar a fuga, o jovem permaneceu muito tempo na unidade. “O Eca diz claramente em seu artigo 121, que em nenhuma hipótese os menores devem permanecer nessas unidades por mais de 3 anos.”, destaca. O Superintendente diz que o jovem permaneceu quatro anos na Unei em Ponta Porã, terminando o ensino médio e cumprindo as demais atividades que a Unidade oferece.

Ele destaca que uma sindicância está sendo realizada para esclarecer as circunstâncias de fuga.

O Secretário Estadual de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, disse que as últimas informações acerca do foragido da Unei dariam conta de que ele estaria adentrando o Paraguai. Segundo Jacini, as diligências em busca de Dionathan continuam, tanto no Brasil quanto no país vizinho. Segundo ele, tão logo seja capturado, as autoridades pretendem colocar Dhionatan em uma instituição psiquiátrica.

Quando praticou os crimes, Maníaco da Cruz -apelidado em razão de deixar suas vítimas em forma de cruz – tinha 16 anos.

Ele fez a primeira vítima no dia 2 de julho de 2008, quando matou o pedreiro Catalino Gardena. A segunda vítima foi a frentista Letícia Neves de Oliveira, encontrada morta em um túmulo do cemitério do município, no dia 24 de agosto.

A terceira e última vítima foi Gleice, encontrada morta em uma obra, no dia 3 de outubro. Próximo ao corpo dela o rapaz deixou um bilhete com várias cruzes e letras soltas que, dentre as possibilidades, formava a palavra inferno.

No quarto do adolescente foram encontrados posters do Maníaco do Parque e de um diabo. Havia também revistas pornográficas, CDs, um envelope de cor azul, dentro do qual havia um papel com nome das vítimas, escrito em vermelho, três jornais com reportagens sobre os assassinatos e pertences das vítimas, como roupas e celulares.