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Policial

Jovem que foi assassinado dedicava vida ao crime e polícia tem dificuldades

Câmeras de estabelecimento comercial perto de onde o crime aconteceu mostram quatro homens que teriam participado do tiroteio correndo.

Correio do Estado

25 de Janeiro de 2017 - 10:43

Um dia após a execução de Ezequiel Romeiro Espinosa, 29 anos, ocorrida na manhã de ontem (24), a polícia segue sem pistas sobre a autoria e motivação do crime. O rapaz foi cercado e morto com cinco tiros, na Avenida Marechal Floriano, em Ponta Porã, divisa com a cidade de Pedro Juan Caballero, no Paraguai.

Devido à ficha criminal tanto no lado brasileiro quanto paraguaio que a vítima tinha e que já havia sido jurada de morte, além de ser suspeita de envolvimento em transações ilícitas, a polícia encontra dificuldades para esclarecer o caso. Porém, segue a linha de acerto de contas por alguma dívida ou até mesmo vingança.

Em entrevista ao site na manhã de hoje, o delegado Lucas Soares Caires comentou que Ezequiel utilizava documentos falsos porque era foragido da Justiça paraguaia, onde residia. “Ele tinha mandado de prisão em aberto por tentativa de homicídio e respondia por roubo. Além disso, tinha desmanche de veículos em Bela Vista e temos suspeita de que ele tinha relação com o tráfico de drogas”, citou a autoridade policial.

Em Campo Grande, Ezequiel matou dois, no mês de agosto do ano passado. Magno Gauber Guimarães e Ailton Mário de Oliveira Ferreto foram assassinados a tiros em casa, localizada Rua Randolfo Lima, no Bairro Nova Lima, quando teriam ido atrás de Ezequiel para matá-lo, mas ele reagiu e matou os dois. Três meses depois, Ezequiel foi indiciado apenas por porte ilegal de arma, já que o delegado Weber Luciano entendeu que agiu em legítima defesa. Ezequiel teria tido romance com a mulher de Ailton, o que motivou o desacerto entre eles.

Apesar de ainda não ter provas que justifiquem o assassinato de Francisco, diante do histórico de crimes relacionado a ele, o delegado acredita em acerto de contas ou vingança.

IMAGENS

Câmeras de estabelecimento comercial perto de onde o crime aconteceu mostram quatro homens que teriam participado do tiroteio correndo. O grupo cercou Francisco que seguia acompanhado do cunhado em Hilux, pela Avenida Marechal Floriano, e fez cerca de 20 disparos disparos de fuzil e pistola nove milímetros. Cinco deles acertaram o rapaz que morreu no local. O cunhado dele também foi baleado, mas não corre risco de morte, segundo o delegado.

Onix, de cor vermelha, que era ocupado pelos atiradores foi deixado no local e, na fuga, roubaram Siena. O carro foi encontrado horas mais tarde abandonado em bairro de Ponta Porã e peritos avaliam impressões digitais.

Em meio ao tiroteio, motociclista que seguia pela avenida também foi atingido por disparo, na cabeça, e está internado em estado grave no Hospital da Vida, em Dourados.