Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Quarta, 24 de Dezembro de 2025

Policial

Justiça liberta 3 PMS presos por envolvimento com o contrabando de cigarro

Flavio Paes/Região News

02 de Fevereiro de 2012 - 14:01

Três policiais militares que estavam presos acusados de envolvimento no contrabando de cigarros foram liberados do Presídio Militar Estadual. Os soldados Fontoura e Britez e o cabo Jorge estavam com prisão administrativa há quase 100 dias, sendo que o prazo máximo para prisão preventiva é de 30 dias, prorrogáveis por mais 20 dias.

O advogado deles entrou com pedido de revogação da prisão, alegando excesso de prazo para conclusão do inquérito, já que eles estavam presos há mais de 60 dias sem acusação formal.
elo menos 6 policiais do 2º Pelotão da Polícia Militar sediado em Sidrolândia e três da base operacional da Polícia Rodoviária Estadual na MS-060, saída para Campo Grande, operavam o esquema que garantia a passagem de produtos contrabandeados do Paraguai em troca do recebimento de propina. O propinoduto do contrabando estaria em funcionamento há oito anos.

Em média os contrabandistas pagavam R$ 500,00 de “pedágio” para não ter problemas com as barreiras policiais. A punição para quem se recusava a cooperar com a "caixinha" era a apreensão do que havia comprado em Pedro Juan Caballero. Naturalmente, o trânsito livre só era garantido nos dias em que policiais do grupo estavam de plantão.

Quem se encarregava de negociar e receber as propinas, passar informações aos contrabandistas era Reginaldo de Oliveira Antunes, o Bugão, que por quatro anos trabalhou como vigia do Ciretran, que fica praticamente em frente do quartel da PM. Reginaldo obtinha informações privilegiadas sobre barreiras e escalas de serviço porque bastava atravessar a rua para manter contato com seus amigos e parceiros do Pelotão da Polícia Militar, incluindo o subcomandante Laudelino Gonçalves, além de policiais como os cabos Valdir Ferreira, Vanilson Nogueira, o soldado José Rebelo Neto.

Só agora, duas semanas depois da realização da Operação Holambra, dados das investigações são tornados públicos, a partir da leitura dos depoimentos dos presos e das informações levadas durante as investigações conduzidas pelos promotores do GAECO (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).

As investigações mostraram o envolvimento e levaram a prisão de uma lista de policiais que inclui ainda os PMs Jorge Carvalho Vicente; Antônio Carlos da Silva Fontoura , além dos policiais rodoviários estaduais, Ernandes Alves Sales; Luciano Gomes e Fábio Wollameister.