Lutadores presos por estupros e roubos podem ter feito mais vítimas em MS

Em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (24), o tenente-coronel do Batalhão de Choque da Polícia Militar, Rigoberto Rocha, afirmou que foram encontrados 26 celulares com os lutadores de jui-jítsu, Erbert Santos e André Pessoa, presos por roubos e estupros em Mato Grosso do Sul, sendo que a quantidade de aparelhos pode indicar que a dupla fez mais vítimas, mas ainda não foram identificadas.

Ainda na entrevista, foi esclarecido que os criminosos passaram em Corumbá, Miranda, Aquidauana, além de Três Lagoas e Campo Grande, onde fizeram quatro vítimas de estupro e um de roubo.

Assim, acredita-se que pela quantidade de celulares apreendidos, os lutadores podem ter roubado os objetos enquanto passavam pelas cidades do interior de MS, já que apenas cinco pessoas apareceram para recuperar os telefones.

Os celulares vão passar por perícia e identificação para, posteriormente, serem devolvidos aos respectivos donos.

Também foram apreendidas uma faca e uma arma que, segundo as vítimas, serviam para fazer ameaças durante a agressão sexual. Ainda de acordo com as mulheres, os criminosos faziam com que os estupros fossem mais violentos do que já são, com eles amarrando as vítimas e as ameaçando constantemente.

O tenente-coronel esclareceu que a dupla foi presa após duas ocorrências de estupro seguido de roubo serem registradas, em Campo Grande, em um curto intervalo de tempo, o que seria incomum na Capital. A primeira denúncia foi na madrugada do dia na terça-feira (22) e a outra na manhã do dia 23, o que despertou a atenção dos agentes da PM.

Já no decorrer do dia 23, a Polícia Militar de Três Lagoas também foi acionada após duas mulheres serem vítimas de estuproe uma ser assaltada e ter o celular roubado. Assim como em Campo Grande, os crimes foram cometidos em casas de massagem.

O tenente-coronel Rocha relembrou que os dois foram presos em Boituva , interior de São Paulo. A prisão foi feita pela Polícia Rodoviária Militar do estado vizinho e, assim, que foram abordados já confessaram os crimes.

Como a prisão aconteceu em São Paulo, mas os crimes foram cometidos em MS, ainda não se sabe se os atletas serão trazidos de volta para algum tipo de procedimento.

CARREIRA DE LUTADOR

Ambos criminosos estavam trilhando carreira do jiu-jitsu, acumulando prêmios, títulos e reconhecimento internacional.

De acordo com Erbert, o esporte foi responsável por tirá-lo da vida do crime. Ele já tem passagens pela polícia por furto e sempre falava da sua história e de como teria se superado por meio da luta.

Entre os títulos estão um tri-campeonato mundial; um campeonato panamericano; euroupeu e brasileiro de jiu-jítsu

Erbert estavam em Mato Grosso do Sul porque havia sido convidado para ir à Aquidauana ministrar uma palestra sobre a importância do esporte na vida de jovens, mas não compareceu.

“Ele poderia ser um exemplo positivo porque tem diversas entrevistas dele falando que ele saiu do crime e que foi salvo pela luta, mas teve essa recaída”, concluiu o tenente-coronel.