Policial
Manifestantes prometem fechar fronteira por tempo indeterminado
Os bloqueios são articulados num movimento formado pelos comitês cívicos das cidades que integram a Chiquitania Boliviana
Diario Online
13 de Setembro de 2011 - 16:53
Manifestantes bolivianos prometem fechar a fronteira entre Corumbá (Brasil) e Puerto Quijarro (Bolívia) nas primeiras horas da madrugada desta quarta-feira, 14 de setembro.
O movimento, que também bloqueará o tráfego na estação ferroviária de Puerto Quijarro, é chamado de "paro", sendo um desdobramento de ação similar que aconteceu no dia 17 de agosto quando os manifestantes solicitavam a negociação com o Governo daquele país a fim de extinguir multas e a redução da taxa de impostos alfandegários no processo de nacionalização de veículos sem documento.
Naquela ocasião, a fronteira permaneceu fechada por trinta e nove horas, nove a menos das quarenta e oito prometidas durante o início do bloqueio que foi desfeito com a promessa de que o Governo iria colocar em pauta as reivindicações dos manifestantes.
Os bloqueios são articulados num movimento formado pelos comitês cívicos das cidades que integram a Chiquitania Boliviana. Segundo o presidente do Comitê Cívico de Puerto Quijarro, Guillermo Lino Mendez, o "paro" que deve começar nesta quarta-feira, 14, é por tempo indeterminado.
Diprove
Os representantes dos movimentos sociais também reclamam da forma como o processo de nacionalização, sobretudo a atuação da Diprove, está tratando casos de supostos veículos roubada em outros países. De acordo com o presidente do Comitê Cívico da Fronteira (Arroyo Concepción), Jayme Algarañas, é incoerente a apreensão de um veículo que já foi emplacado e recebeu documentação de órgãos locais de fiscalização.
"Por que deram essa documentação? Temos a documentação de todos os carros aqui na fronteira. Eles, como autoridades competentes não deveriam dar documento, se o carro é roubado, por isso o povo está revoltado. Por que dão documentação e emplacamento se afirmam que o carro é roubado? Agora, durante a nacionalização, tem muito carro sendo apreendido e eles não mostram nenhum documento provando que o carro é roubado, só dizem que tem problema. Como teremos garantia que é realmente roubado se não nos apresentam uma prova?", questionou ao ser entrevistado pelo Diárionline durante o último bloqueio realizado no mês passado.




