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Policial

Pecuarista assassinado foi a terceira morte da família em menos de 3 anos

No dia 18, o corpo do pecuarista de 45 anos foi encontrado em uma cova, dentro de uma chácara

Campo Grande News

28 de Outubro de 2014 - 14:45

O assassinato do pecuarista Maximiliano Ramos, 45 anos, foi um duro golpe para a família que ainda se recuperava da perda de dois entes queridos. O corpo dele foi encontrado no último dia 18, enterrado em uma chácara no perímetro urbano de Camapuã, onde a vítima residia. O principal suspeito, Thiago Baez de Arruda, está foragido.

Há aproximadamente duas semanas antes de desaparecer, Maximiliano havia perdido a avó, por causas naturais, e dois anos e meio antes, viu o pai, médico, falecer aos 72 anos, vítima de AVC (Acidente Vascular Cerebral). O irmão da vítima, Cristiano Ramos, 41 anos, diz que os familiares ainda estão abalados.

“Minha mãe é a pessoa que mais sofre. Em pouco tempo ela perdeu a mãe, depois o marido e agora o filho em um crime bárbaro desses. Estamos inconformados”, disse ele, indignado com a crueldade com a qual o irmão foi executado. “Deram três tiros nele, um no peito e dois na cabeça”, lamentou.

Cristiano, também pecuarista, ainda se revolta ao lembrar do convívio que tinha com o suspeito. “Thiago tomava café da manhã na minha fazenda. Era uma pessoa conhecida por todos de casa, tanto que quando eles desapareceram, imaginei que os dois tivessem sido vítimas, mas então descobrimos a verdade. É revoltante”, afirmou.

O caso é investigado pelo delegado Giuliano Carvalho Biacio. Maximiliano e Thiago saíram juntos no dia 16, com destino ao município de Bandeirantes, onde iriam negociar a compra de gado. No mesmo dia, Thiago chegou a telefonar para a esposa da vítima solicitando a presença dela para que assinasse alguns documentos. Logo em seguida ele ligou novamente e disse que não era mais preciso. Desde então não foi mais visto.

No dia 18, o corpo do pecuarista foi encontrado em uma cova, dentro de uma chácara. “Estamos fazendo de tudo para que ele [Thiago] seja encontrado. Já acionamos policiais civis, militares, investigadores, delegados, soldados, tenentes, enfim todas as autoridades possíveis”. O delegado afirmou que o caso segue em sigilo, mas que algumas pessoas que tiveram contato com os envolvidos já foram ouvidas. “Estamos aguardando os resultados de alguns laudos”, comentou o delegado.