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Policial

PM tenta extorquir dinheiro de casa noturna e acaba assaltando o estabelecimento

Enquanto o comparsa cuidava a porta ele levava dinheiro e celulares dos clientes e também do caixa do estabelecimento

Correio do Estado

29 de Março de 2011 - 15:43

O Policial Militar preso na semana passada acusado de praticar assaltos em Campo Grande teve sua prisão preventiva representada pela Polícia Civil neste fim de semana depois que foi reconhecido pelo gerente de uma casa noturna da Capital. Uma segunda pessoa também foi detida e confessou ter participado de um dos roubo junto do PM.

Segundo informações do delegado Fábio Peró, da Delegacia de Roubos e Furtos (Derf), o PM e o amigo teriam ido até uma boate na Avenida Marechal Deodoro onde se apresentou como policial e tentou extorquir dinheiro do estabelecimento afirmando ter encontrado menores no local.

Ele chegou até a boate com seu carro particular e realizou uma suposta 'batida'. Diante do fato de não encontrado menor alguma, sacou a arma e anunciou o assalto. Enquanto o comparsa cuidava a porta ele levava dinheiro e celulares dos clientes e também do caixa do estabelecimento.

O caso ocorreu no fim do ano passado e o dono da boate contou a polícia que chegou a procurar a polícia, mas resolveu deixar de lado o caso. Na delegacia, o gerente da Casa reconheceu o policial militar e o comparsa. Ambos ainda não tiveram os nomes divulgados pela polícia. “Estamos esperando concluir o inquérito para divulgar”, afirmou o delegado.

Câmera de Segurança

Imagens do circuito interno de segurança de um supermercado, no bairro Anahi, registraram no dia 05 de março o momento em que o acusado chega até o local acompanhado de outros dois homens e anuncia o assalto. A ação criminosa durou pouco mais de três minutos e começou às 20h11min. Trajando a calça da farda, cuturno e uma camiseta da corporação, armado, ele fica o tempo todo na porta do estabelecimento enquanto os outros dois recolhem o dinheiro do caixa.

Preso em flagrante pelos próprios colegas no momento em que chegava para trabalhar, o PM - um rapaz de 27 anos que está na corporação desde 2008 - negou a participação nos crimes. Investigações indicam que ele também teria participado do assalto em que uma jovem foi baleada durante troca de tiros com a polícia no banco HSBC.